Tottenham e West Ham entraram nesta edição da Premier League com a saída de seus principais jogadores, e mesmo em meio a um período de incerteza, ambos corresponderam com excelentes inícios de temporada
Não houve muito de positivo para se reportar em relação à temporada passada dos Spurs, mas se houve algo, foi o desempenho individual de Harry Kane. O artilheiro inglês teria levado a Chuteira de Ouro com seus 30 gols se não fosse pelo esforço descomunal de Erling Haaland.
Com mais um ano praticando um futebol de elite em uma equipe que não conseguia capitalizar nas suas maiores ambições, Kane optou por uma mudança e deixou Londres por Munique, se juntando ao Bayern.
Sem Kane, o Tottenham sequer chegou a ir ao mercado buscar um nome para substituir estes 30 gols. A diretoria do clube apostou nos nomes já presentes no elenco, como Son e Richarlison, para contribuírem mais, agora sem o suporte de Kane.
Contudo, isto não significa que os Spurs não foram ao mercado, a equipe de Londres foi atrás de alguém para o substituir o papel de armador, que Kane também tinha nesta equipe.
Com isto, o Tottenham em uma excelente oportunidade trouxe James Maddison do rebaixado Leicester, e após oito rodadas, o novo camisa 10 prova o seu valor. Maddison deu a assistência para o gol da vitória por 1-0 contra o Luton Town, mesmo com um homem a menos.
Outros nomes se encaixam como uma luva neste time titular dos Spurs, como o lateral esquerdo italiano, Destiny Udogie, que já fazia parte do time, mas estava emprestado para a Udinese na temporada passada. O novo parceiro de zaga de Christian Romero é Micky van de Ven, holandês que chegou junto ao Wolfsburg na janela de verão.
Este encaixe de novas peças e um futebol vistoso que não era visto na equipe desde o auge do clube com Mauricio Pochettino, se deve ao excelente trabalho do australiano Ange Postecoglou.
Ange tem dado prioridade a jovens nomes, utilizando Yves Bissouma e Pape Sarr como os seus principais meio-campistas, e deixando o mais consagrado Pierre Hojbjerg no banco de reservas.
Demonstrando um pouco deste excelente desempenho que deixa os Spurs como líderes da Premier League, com 20 pontos em oito jogos, os Spurs estão faturando tudo nas premiações individuais.
James Maddison e Heung-Min Son foram eleitos os jogadores do mês na Premier League em meses consecutivos, sendo que em ambos Ange Postecoglou levou a honra de melhor treinador.
Rice já vinha demonstrando o seu desejo de jogar Champions League, e ser protagonista na primeira prateleira do futebol inglês há um tempo, e finalmente nesta última janela de verão conseguiu o seu desejo.
O meio-campista inglês foi negociado para o Arsenal por um valor exorbitante, o que permitiu aos Hammers irem ao mercado em peso para substituir o tão talentoso Rice.
O West Ham não colocou todos os seus ovos na mesma cesta, e sim, foi atrás de três nomes interessantíssimos. A equipe londrina foi até Amsterdã e trouxe Edson Álvarez e Mohamed Kudus do Ajax, e no mercado local os Hammers se aproveitaram do rebaixamento do Southampton para buscar o meia James Ward-Prowse.
Em diferentes níveis, todos os três nomes já causaram impacto nesta temporada, mas não dá para não destacar Ward-Prowse. O meio-campista inglês construiu uma reputação como especialista em faltas e escanteios, e é uma raridade achar alguém que bata tão bem na bola como Ward-Prowse.
Após sete partidas que entrou em campo, Ward-Prowse já marcou duas vezes e ainda distribuiu três assistências, duas delas na vitória por 3-1 diante do Chelsea na segunda rodada da Premier League.
Após oito jogos, é difícil achar uma equipe que tenha enfrentado um calendário tão difícil quanto o do West Ham. Os Hammers já jogaram contra Chelsea, Brighton, Liverpool, Manchester City e Newcastle, nesta temporada.
Apesar destes enormes desafios, o West Ham ocupa a sétima colocação com 14 pontos, tendo vencido quatro, empatado dois e perdido dois.
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