As seleções do pote 3 do próximo Mundial apresentam diferentes perspectivas de classificação para as oitavas de final.
Desde 2018, o sorteio da fase de grupos da Copa do Mundo é definido de acordo com as posições de cada equipe no ranking da FIFA.
Foi por tal motivo que consideramos relevante analisar as chances de sucesso na fase de grupos de Catar das oito seleções oriundas do pote 3.
No sorteio dos grupos da Copa do Mundo, as 32 seleções são separadas em quatro potes.
O pote 1 é o dos cabeças de chave. Nele sempre estão o país-sede e os mais bem posicionados no ranking da FIFA.
Até 2014, as seleções nos outros potes eram divididas de acordo com suas confederações de origem (UEFA, Conmebol, Concacaf, AFC, CAF e talvez OFC).
Isso era feito para que as quatro equipes em cada grupo viessem de confederações diferentes (com exceção da UEFA, que poderia ter até duas seleções num mesmo grupo).
O critério acima continua sendo respeitado. Mas, desde 2018, também os potes 2, 3 e 4 passaram a ser organizados conforme o ranking da FIFA.
Assim, as equipes no terceiro pote são em tese aquelas que não estão entre as favoritas para terminar em primeiro no grupo, mas tampouco são “galinhas mortas”.
A tabela abaixo mostra as seleções no pote 3 de Catar e suas posições no ranking da FIFA antes do sorteio dos grupos (no último 1.º de abril).
seleção | posição no ranking da FIFA |
Senegal | 20.ª |
Irã | 21.ª |
Japão | 23.ª |
Marrocos | 24.ª |
Sérvia | 25.ª |
Polônia | 26.ª |
Coreia do Sul | 29.ª |
Tunísia | 35.ª |
Considerando que os dois primeiros de cada grupo passam às oitavas de final, quais as chances de as oito equipes acima chegarem lá? E o que veremos a partir de agora.
Comecemos analisando as duas que têm mais probabilidade de confirmar seus estatutos de terceira força em seus respectivos grupos: Tunísia e Japão.
O sorteio pôs os tunisianos no grupo D, onde também estão França, Austrália e Dinamarca.
Embora tenham ganho cinco posições no ranking da FIFA desde março, os norte-africanos parecem ter poucas chances de criar grandes problemas aos dois europeus.
Já os japoneses caíram no grupo E — um dos mais difíceis. Nele também estão Espanha, Costa Rica e Alemanha.
Tudo indica que os nipônicos (que perderam uma posição no ranking desde então) travarão com os costarriquenhos a disputa pelo terceiro lugar.
Partimos agora para três equipes cujas perspectivas de classificação parecem um pouco melhores: Coreia do Sul, Polônia e Marrocos.
O grupo dos sul-coreanos é o H, onde também estão Portugal, Gana e Uruguai.
Os asiáticos parecem mais fortes que os africanos. A dúvida é se conseguirão tirar dos europeus ou dos sul-americanos uma das duas vagas à fase seguinte.
No grupo dos poloneses, o C, estão Argentina, Arábia Saudita e México.
Podemos supor que os europeus consideram aceitável perder para os sul-americanos e obrigatório vencer os asiáticos. Mas o que pensam eles dos norte-americanos?
Já os marroquinos caíram no grupo F, junto de Bélgica, Canadá e Croácia.
Tendo ganho duas posições no ranking da FIFA desde então, os Leões do Atlas parecem aptos a lutar com os croatas pelo segundo lugar no grupo.
Terminamos falando das três seleções que, embora estejam no pote 3, podem ser consideradas as segundas mais fortes em seus grupos: Sérvia, Irã e Senegal.
Os sérvios estarão com Brasil, Suíça e Camarões no G.
A equipe sul-americana e as duas europeias também caíram no mesmo grupo em Rússia 2018. (A diferença é que, em vez de Camarões, a outra seleção foi a Costa Rica.)
Na ocasião, os brasileiros terminaram em primeiro, os suíços em segundo e os sérvios em terceiro. Desta vez, é provável que sérvios e suíços troquem de ordem na classificação.
Talvez a seleção mais subestimada do Mundial seja a dos iranianos, que está no grupo B, junto de Inglaterra, Estados Unidos e País de Gales.
Teremos aqui alguns dos duelos mais imprevisíveis do torneio, e a equipe do Oriente Médio não parece deixar nada a dever aos americanos e aos galeses.
Ainda melhores são as perspectivas dos senegaleses no grupo A, no qual enfrentarão Catar, Equador e Holanda.
Os europeus são os únicos que parecem claramente superiores aos africanos. Para estes, portanto, terminar em terceiro lugar seria uma enorme frustração.
Considerando a força tanto das oito equipes analisadas quanto dos seus respectivos grupos, podemos esperar que quatro ou cinco delas alcancem as oitavas de final.
Tal prognóstico pode se mostrar incorreto, é claro. Mas parte do fascínio exercido pela Copa do Mundo reside justamente nas comparações entre expectativa e realidade.
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