Os preparativos para a temporada de 2023 já começaram e as discussões sobre o futuro da F1 também.
Até agora, apenas três equipes agendaram a data da apresentação de seus carros para a nova temporada.
A Ferrari escolheu o dia de São Valentim para mostrar o sucessor do F1-75, que por enquanto é conhecido pelo código interno 675.
Os vários problemas de motor que prejudicaram Charles Leclerc e Carlos Sainz em 2022 foram atribuídos às velas e componentes da ignição. Por isso, se espera que a revisão e solução dessas falhas, junto com a boa base aerodinâmica e de chassi mostrada na última época, seja garantia de evolução na scuderia que pretende lutar pelos títulos uma vez mais.
Antes disso, também a Alpha Tauri (11 de fevereiro) e Aston Martin (13 de fevereiro) irão apresentar seus carros.
Ainda sem data agendada, o W14 da Mercedes é já um dos carros mais aguardados.
Segundo declarações do chefe da equipe, Toto Wolff, serão várias as surpresas, mas podem não ser muito notáveis dado que as principais mudanças estarão por baixo do chassi.
“Eles falam que é muito diferente por baixo. É sobre fluxo de ar, distribuição de peso, mapa aerodinâmico. Nosso carro mudou fundamentalmente no meio do ano. Mudamos o conceito, mas não deu para mudar nada na carroceria. Temos descascado muitas cebolas, descobrindo mais problemas e mais problemas. Mas acho que chegamos a um ponto em que entendemos muito bem por que o carro funcionou. Portanto, está tudo nos mínimos detalhes de como podemos fazer o carro funcionar aerodinamicamente, como podemos melhorar a direção e torná-lo mais estável”, explicou o austríaco.
Lembramos que com a volta do efeito-solo em 2022, o time teve muitas dificuldades e apenas recuperou na segunda metade da temporada, terminando no terceiro lugar do campeonato de construtores.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) vai limitar a possibilidade de manifestações de seus filiados, tendo já incluído em seu Código Esportivo Internacional uma determinação expressa que define as infrações às regras: “A formulação geral e a manifestação de declarações ou de comentários políticos, religiosos e pessoais, notadamente em violação do princípio geral de neutralidade sustentado pela FIA nos termos de seus estatutos, salvo aprovação prévia por escrito da FIA, nas competições internacionais, ou da respectiva autoridade nacional competente, nas competições sob sua jurisdição”.
Recordamos que nas últimas temporadas, vários pilotos se tornaram porta-vozes de causas como o racismo, a comunidade LGBTQIA+, mudanças climáticas e direitos humanos. Essas manifestações foram visíveis em capacetes, carros e em declarações.
De agora em diante, levantar a voz contra certas situações polêmicas só será possível com autorização prévia da FIA.
Cinco coisas a ter em atenção na F1 em 2023
Como será o grid da F1 para 2023?
Através do Twitter, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, confirmou que pediu ao seu “time para lançar um processo de Expressões de Interesse para possíveis novas equipes para o Mundial de F1”.
Ou seja, o desejo expresso de Michael Andretti em ver a Andretti Autosport na F-1 tem tudo para ganhar um novo impulso, apesar da resistência de boa parte dos atuais 10 times.
Aliás, o atual regulamento prevê 24 carros, ou seja, duas equipes a mais.
A Porsche também já se registrou para correr na categoria, mas seu futuro é incerto depois que a parceria com a Red Bull não se concretizou.
Com o novo regulamento de motores da categoria em 2026, eventuais novos times poderiam se juntar ao grid nessa altura, como vai acontecer com a Audi.
A entrada da Audi já está confirmada porque se vai unir a uma das equipes mais antigas do grid, a Sauber, que atualmente corre sob a marca italiana Alfa Romeo.
Aliás, a montadora alemã já expressou seu objetivo de vencer corridas em até três anos de participação no Mundial.
“Queremos ser competitivos em três anos. É um objetivo realista, queremos competir por vitórias no terceiro ano”, explicou Adam Baker, diretor-executivo da montadora em entrevista ao jornal espanhol AS.
Entretanto, o time já mira pilotos, não para a dupla titular, mas para o projeto de desenvolvimento.
“Pode ser que nossa estreia esteja longe, mas queremos ter um piloto de desenvolvimento ao fim de 2023. Dele ser rápido é uma prioridade. É muito importante ter alguém experiente para desenvolver nosso motores nos simuladores que temos em Neuburg”, disse Baker.
O plano é trabalhar com simuladores nos próximos anos para desenvolver a unidade de potência, que irá entrar na F1 em 2026.