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Gabriel Medina - Surfe
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Surfe: Americanos a subir e brasileiros a descer

A Liga Mundial de Surfe (World Surf League – WSL) é, cada vez mais, dominado pelos surfistas americanos, enquanto os brasileiros, dominadores em outros tempos, estão em queda.

O top 10 do ranking mundial tem três surfistas americanos, todos da Califórnia: o líder, Griffin Colapinto, segundo classificado em Bells Beach, e os calouros Cole Houshmand, vencedor na Austrália, e Crosby Colapinto.

Tempestade brasileira está terminada

Há 10 anos, aparecia a “Brazilian Storm” – Tempestade Brasileira – que dominaria o Circuito Mundial de Surfe. Em nove temporadas, conquistaram sete títulos mundiais para o Brasil.

Antes, eram os americanos e australianos que dominavam, com nomes famosos como Kelly Slater, Andy Irons, Mick Fanning e Joel Parkinson, todos eles campeões mundiais quando a WSL era a ASP – Association of Surfing Professionals.

Mas com a chegada de Gabriel Medina, Italo Ferreira e Filipe Toledo houve uma inversão do domínio do esporte para os brasileiros, com o único resistente a ser John John Florence que venceu em 2016 e 2017.

Nova mudança

Agora, surgiu uma nova vaga de surfistas americanos, em especial o trio de San Clemente que tem registrado resultados significativos como a vitória em Portugal de Griffin Colapinto e a de Bells Beach de Cole Houshmand.

Griffin, apesar de ter apenas 25 anos, é o mais veterano dos três, com presença no tour desde 2018, somando quatro vitórias: Portugal – em 2022 e 2024, El Salvador – em 2022 e Surf Ranch – em 2023. No ano passado terminou em terceiro. Atualmente é o número um mundial e é um sério candidato a vencer o título este ano.

Já em 2024, chegaram mais dois surfistas de San Clemente à elite do surfe mundial: Cole Houshmand e Crosby Colapinto, irmão do Griffin, calouros que já vão chamando a atenção com boas exibições.

Há ainda outro surfista da mesma cidade que se estriou este ano no circuito, Kade Matson, mas não tem tido o mesmo sucesso e pode até falhar o corte a meio da temporada, pois está, de momento, em 23.º.

Cole até nem começou bem o ano, mas conseguiu melhorar e acabou conquistando uma das competições mais emblemáticas do surfe mundial, Bells Beach. Atualmente o oitavo do ranking, ele é sério candidato a vencer o troféu de "Rookie of the Year" (Calouro/Novato do Ano).

Crosby, irmão de Griffin, ainda não venceu qualquer etapa, mas tem conseguido bons resultados, como as oitavas de final em Bells Beach e Pipeline e as semifinais em Portugal. O mais novo dos irmãos Colapinto, atual nono do ranking, teve já alguns encontros de sucesso com brasileiros, em especial ao eliminar Gabriel, tricampeão mundial.

O corte pode ser complicado para os brasileiros

A próxima prova do WSL será em Margaret River, na Austrália. Este evento é particularmente importante, pois marca o corte na competição, com apenas 22 surfistas entre os homens a continuarem no que resta da temporada. Os restantes vão para o Qualifying Series. Já nas mulheres passam apenas 10, que continuarão no circuito principal.

Nenhum atleta brasileiro está ainda a salvo do corte. Gabriel Medina, no 20.º lugar, e Italo Ferreira, em 18.º, não podem vacilar sob o risco de não continuarem no circuito até o final da temporada. Pior estão Samuel Pupo (25), Miguel Pupo (26), Caio Ibelli (29) e Deivid Silva (32), que precisam de grandes resultados na quinta prova para subirem no top 22. Yago Dora, em 16.º, é o brasileiro com menor pressão, mas mesmo ele não está a salvo.

Última referência para os dois desfalques entre os brasileiros: Filipe Toledo, atual bicampeão mundial, que abandonou com problemas de saúde, e João Chianca, que sofreu um acidente no Havaí e não pode competir.

Griffin Colapinto tem uma cotação de 3,50 para vencer o título da WSL este ano, Gabriel Medina tem 11,00 e Italo Ferreira 31,00.

*As cotações citadas podem apresentar divergências, pois, ainda que corretas no momento da publicação do artigo, sofrem alterações em tempo real.

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