A poucos dias da Copa do Mundo, a seleção brasileira ainda pode apresentar algumas surpresas no seu onze inicial.
Em 8 de novembro, a CBF divulgou a numeração dos 26 atletas convocados para representar o Brasil em Catar.
Esses números nos dão o provável time-base da seleção para a estreia no torneio — o que não significa que não haja espaço para mudanças.
Eis a numeração dos jogadores brasileiros do 1 ao 11:
1: | Alisson |
2: | Danilo |
3: | Thiago Silva |
4: | Marquinhos |
5: | Casemiro |
6: | Alex Sandro |
7: | Lucas Paquetá |
8: | Fred |
9: | Richarlison |
10: | Neymar |
11: | Raphinha |
Com uma exceção (a ser mencionada mais adiante), aí estão os prováveis titulares para a estreia da Canarinho em Catar, em 24 de novembro, contra a Sérvia.
Mas é importante distinguirmos titulares indiscutíveis de titulares prováveis.
A espinha dorsal da equipe é formada por seis nomes: os zagueiros Thiago Silva e Marquinhos, os laterais Danilo e Alex Sandro, o volante Casemiro e o atacante Neymar.
Esses são os indiscutíveis — ou quase isso.
Quanto às cinco demais vagas no onze inicial, as disputas estão em aberto.
Nos últimos anos, o goleiro Alisson, do Liverpool, se manteve à frente dos seus concorrentes à titularidade na baliza brasileira.
Mas, diferentemente de muitos treinadores (que escolhem o seu goleiro favorito e só dão oportunidades a outros caso o titular falhe), Tite sempre fomentou a disputa pela camisa 1.
E, quando foram requisitados, tanto Ederson, do Manchester City, quanto Weverton, do Palmeiras, corresponderam.
Junte-se a isso o começo de temporada não muito bom do Liverpool, e a moral de Alisson parece mais baixa hoje do que há um ano.
Assim, os treinamentos coletivos antes da estreia no Mundial podem fazer com que um dos dois goleiros menos cotados assuma de vez a baliza da Canarinho.
Como visto, o único dos jogadores no meio de campo que poderíamos chamar de titular indiscutível é o volante Casemiro.
Atualmente no Manchester United, o ex-são-paulino em tese teria ao seu lado Fred, que também está nos Red Devils.
Mas o ex-colorado vem sendo suplente em seu atual clube, enquanto Bruno Guimarães vem sendo titular absoluto no Newcastle (atual terceiro colocado da Premier League).
Eis o porquê de a disputa pela posição de segundo volante da seleção brasileira ser uma das mais acirradas no momento.
A numeração indica que Lucas Paquetá, do West Ham, será o único meio-campista ofensivo. Seu reserva imediato seria Everton Ribeiro, do Flamengo.
Mas, além de não ser nada negligenciável a possibilidade de Ribeiro assumir a titularidade, é preciso considerar qual seria a função tática de quem quer que seja o meia da equipe.
E, para isso, precisamos considerar o papel de Neymar.
O camisa 10 da seleção e do Paris Saint-Germain pode atuar em quase todas posições no último terço do campo.
Para entender as implicações de tal versatilidade, comecemos considerando a formação do Brasil de acordo com os jogadores que receberão as camisas 1 a 11.
Teríamos então um 4-2-1-3 disposto da seguinte forma:
Alisson;
Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro;
Casemiro e Fred;
Lucas Paquetá;
Raphinha, Richarlison e Neymar.
Isso significa que Neymar jogaria aberto pela ponta esquerda (com Raphinha pela ponta direita e Richarlison como centroavante).
Mas o próprio Tite já disse que isso seria um tremendo desperdício.
E é aqui que precisamos mencionar um jogador que, embora tenha recebido o número 20, provavelmente será titular na próxima Copa do Mundo: Vini Jr., do Real Madrid.
Vini é quem em tese atuará pela ponta esquerda, e não Neymar. Este possivelmente jogará mais recuado, como um ponta de lança (ou ''arco e flecha'', como Tite gosta de dizer):
Alisson;
Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro;
Casemiro e Fred;
Neymar;
Raphinha, Richarlison e Vini Jr.
Como visto, nesse caso Paquetá seria suplente.
Mas existe também a possibilidade de que Neymar jogue como um ''falso 9'' (como se viu no amistoso com o Japão no último 6 de junho):
Alisson;
Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro;
Casemiro e Fred;
Lucas Paquetá;
Raphinha, Neymar e Vini Jr.
Sendo assim, Richarlison, do Tottenham, é quem iria para o banco de reservas.
Antes de concluir, consideremos outras possibilidades de mudanças no ataque.
Raphinha, que não vem sendo titular no Barcelona, pode ceder a sua vaga para Rodrygo, do Real Madrid, ou Antony, do Manchester United.
E para a posição de centroavante há não só Richarlison mas também Gabriel Jesus, do Arsenal, e Pedro, do Flamengo.
Quem serão os escolhidos apenas Tite sabe. O que podemos dizer é que um dos requisitos para a titularidade no ataque do Brasil é se entender bem com Neymar.
E isso tanto dentro quanto fora de campo.
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