O argentino Eduardo Coudet chegou a Minas Gerais com a missão de tornar o Galo novamente um dos favoritos a todos os títulos possíveis.
2021 foi um ano mágico para o Clube Atlético Mineiro, que, sob o comando técnico de Cuca, conquistou o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Mineiro — a tão prestigiada Tríplice Coroa.
Após a frustrante temporada de 2022 (em que pese a conquista de mais um estadual), a diretoria anunciou, em 19 de novembro, o técnico argentino Eduardo Coudet. Com ele e uma série de reforços de peso, o Galo buscará retomar o protagonismo em 2023.
Alguns dos atletas mais importantes na conquista da Tríplice Coroa permanecem no elenco. Entre eles destacamos o goleiro Everson, o lateral-esquerdo Guilherme Arana, o volante Allan e o atacante Hulk — todos titulares indiscutíveis.
Outros quatro nomes marcantes do time de dois anos atrás se foram recentemente. Estamos falando do zagueiro Junior Alonso (hoje no Krasnodar, da Rússia), do volante Jair (Vasco), do meia Nacho Fernández (River Plate) e do atacante Keno (Fluminense).
Como era de esperar, a diretoria do Alvinegro de Belo Horizonte se movimentou bastante no mercado a fim de suprir as carências advindas de tais saídas. E é justamente com base nos recém-chegados que procuraremos entender o Galo de ''el Chacho'' Coudet.
Paulinho foi o primeiro grande reforço, anunciado em 1 de dezembro. O atacante de 22 anos vinha tendo poucas chances no Bayer Leverkusen, que o emprestou ao Atlético até o fim deste semestre. A partir de então, o clube brasileiro o terá em definitivo.
Sua parceria com Hulk vem dando muito certo. Como se vê em matéria do ge publicada em 7 de março, 66,7% (12/18) dos gols marcados pela equipe àquela altura da temporada tiveram participação direta de pelo menos um dos dois atacantes titulares.
Outro reforço importante veio por empréstimo: Bruno Fuchs, cedido pelo CSKA, de Moscou, até o fim de 2023. Hoje com 23 anos, o zagueiro conhece bem o atual treinador dos mineiros, com quem trabalhou nos gaúchos do Internacional em 2020.
Seu companheiro de zaga vem sendo Jemerson. Este retornou ao Atlético (clube que o revelou para o futebol) em meados do ano passado, e ao fim da temporada já havia conquistado seu lugar no onze inicial (relegando Nathan Silva ao banco de suplentes).
O meio de campo foi onde se verificou mais mudanças (inclusive do ponto de vista tático, como veremos no fim deste texto). Dois jogadores que durante boa parte do trimestre foram titulares deste setor chegaram após o fim da temporada 2022.
Um deles é o meia Edenilson, hoje com 33 anos e adquirido junto ao Internacional por R$ 6 milhões. O outro é o também meia Patrick, de 30 anos, contratado junto ao São Paulo por R$ 8 milhões. Ambos foram colegas de trabalho no Inter de Coudet.
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Uma das posições que merece menção à parte é a lateral esquerda. Como dissemos no início do texto, Guilherme Arana é indiscutível; mas, devido à sua lesão de setembro do ano passado, talvez só o vejamos de volta aos campos no segundo semestre.
O caso do argentino Matías Zaracho é mais complexo. Devido primeiro a uma lesão e depois à morte de uma pessoa próxima, o argentino só fez quatro jogos em 2023. Supondo que ele siga como titular, quem irá para o banco de suplentes: Pedrinho ou Edenilson?
E há a lateral direita. Até um mês atrás o titular era Mariano, que já tem 36 anos. No último dia 16 foi anunciado o argentino Renzo Saravia (outro que esteve com Coudet no Inter), de 29 anos, e ao que parece é ele agora o favorito do técnico.
Com o que vimos até aqui, podemos dizer que o time-base do Atlético Mineiro no momento é basicamente este: Everson; Saravia, Bruno Fuchs, Jemerson e Dodô (Guilherme Arana); Allan; Edenilson/Pedrinho, Zaracho e Patrick; Hulk e Paulinho.
Isso não significa que não haja espaço para adaptações. Contra o Millonarios, da Colômbia, pela ida da terceira fase da Copa Libertadores, o volante Otávio foi escalado no lugar de Pedrinho — fazendo com que o habitual esquema 4-1-3-2 desse lugar a um 4-4-2.
Os melhores indícios de que Eduardo Coudet já tem ideia de quais serão as suas peças-chave nesta temporada foram as vezes em que deixou de escalar atletas para não desgastá-los. 2023 será um ano longo; é bom que todos cheguem inteiros em dezembro.
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