O Bahrein foi a porta de entrada da Fórmula 1 no Oriente Médio, em 2004, e desde então solidificou seu lugar no calendário do campeonato mundial.
Uma pista situada no meio de um deserto no terceiro menor país da Ásia, não era a aposta óbvia para receber a categoria rainha do automobilismo, mas o GP do Bahrein tem crescido em popularidade e importância de ano para ano.
Tanto que a F1 “promoveu” o Bahrein para se tornar a corrida da abertura da temporada em 2021 e o envolvimento do circuito no esporte se estendeu também para a realização dos testes de pré-temporada na semana anterior à prova inaugural do ano.
Palco de vários "duelos no deserto", com a largura da pista proporcionando aos pilotos muitas oportunidades de ultrapassagem, enquanto a superfície abrasiva, o clima e o fato de ser uma corrida noturna contribuindo para a emoção em um circuito com uma reputação bem merecida e que tem contrato para sediar a F1 até 2036.
O Bahrein é uma ilha com 786,5 quilômetros quadrados que tem 92% do terreno classificado como deserto. Assim, não é surpresa encontrar o Circuito Internacional do Bahrein na região de Sakhir, quase à beira das águas do Golfo Pérsico.
A pista fica 30 km a sudoeste da capital do Bahrein, Manama, e era antigamente o local de uma fazenda de camelos.
O renomado projetista de pistas Hermann Tilke foi convidado pelo príncipe herdeiro Sheikh Salman bin Hamad Al Khalifa, em 1999, a criar uma instalação com várias pistas digna da mais alta classe do automobilismo mundial.
Em dezembro de 2002, foi iniciada a construção do local, que abrigaria seis pistas separadas, com a superfície da pista a ser enviada da Inglaterra.
O trabalho de construção ficou concluído em abril de 2004, com a 1ª corrida de F1 acontecendo no mês seguinte, com vitória de Michael Schumacher.
O traçado de 5,412 quilômetros do Circuito Internacional do Bahrein não se destaca por nada de especial, a não ser pelo fato de ter sido projetado para favorecer seções propícias a ultrapassagens. No entanto, isso não quer dizer que ele não tenha seus desafios ou peculiaridades.
Para começar, a força do vento na região é sempre um elemento a ser levado em conta, sem mencionar as enormes e rápidas flutuações de temperatura, características do deserto, que são uma dor de cabeça para os pilotos e mecânicos na hora de decidir a configuração correta do carro.
A seu favor, no entanto, está uma pista cuja superfície é feita de um conglomerado mineral chamado greywacke, importado da Inglaterra, que ajuda na aderência dos pneus para que os carros possam tirar o máximo proveito da pista.
Lewis Hamilton é o piloto de F1 de maior sucesso na história deste circuito, vencendo cinco vezes na pista do deserto, entre 2014 e 2021.
Sebastian Vettel está uma vitória atrás do sete vezes campeão mundial, seguido de Fernando Alonso com três.
Felipe Massa é o único outro piloto com mais de uma vitória nesta pista, ajudando a tornar a Ferrari a construtora mais bem-sucedida na história do circuito, com sete vitórias.
O recorde de volta durante uma corrida foi estabelecido em 2005 por Pedro de la Rosa, que estava dirigindo para a McLaren na época e deu a volta no circuito do grande prêmio em 1:31.447.
A volta mais rápida no geral foi estabelecida por Lewis Hamilton, em 2020, que completou o percurso em 1:27.264 durante a qualificação.
Um dos motivos pelos quais a F1 decidiu realizar os testes de pré-temporada no Bahrein é o clima consistentemente quente, seco e ensolarado.
O Bahrein recebe apenas cerca de 70 milímetros de chuva por ano. Durante o fim de semana do Grande Prêmio, as temperaturas médias ficam na casa dos 20 graus, mas caem dez graus durante a corrida, que se realiza à noite.
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