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Pedro Raul (Vasco)
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Pedro Raul em busca de redenção

Após um 2022 inesquecível, o centroavante Pedro Raul busca se reafirmar como um dos principais atletas em sua posição no Brasil.

Titular absoluto do Vasco no início da temporada, Pedro Raul tornou-se um dos atletas mais criticados no problemático retorno dos cariocas à elite do futebol brasileiro.

Agora, com a iminente chegada de um novo treinador a São Januário, este centroavante de 26 anos vê renovadas as suas esperanças de protagonizar uma reviravolta.

Grandes expectativas

Dos dezesseis atletas contratados pela SAF do Vasco para o primeiro semestre de 2023, nenhum parecia apresentar tão boas chances de se tornar ídolo quanto Pedro Raul. Na temporada anterior, este porto-alegrense terminou como o vice-artilheiro do Brasileirão Série A (19 gols) mesmo atuando por um forte candidato ao rebaixamento — o Goiás.

A Copa do Mundo seria disputada em novembro. Em agosto falava-se muito de um possível retorno de Pedro, do Flamengo, à seleção brasileira (o que acabou ocorrendo). Indagado a respeito dessa possibilidade, o então técnico da canarinho, Tite, preferiu enaltecer o centroavante esmeraldino por sua prolificidade e capacidade de fazer o trabalho de pivô dentro da área.

Nos últimos dois Mundiais de Seleções, analistas esportivos observaram uma carência no futebol brasileiro de atacantes que tivessem como pontos fortes as duas características acima citadas. Pedro Raul, com seu 1,92 m de altura, poderia ajudar o futuro sucessor de Tite a suprir essa lacuna. Mas antes era preciso se destacar também no Rio de Janeiro.

Bons números não bastaram

Hoje com 26 anos, Pedro Raul foi bastante cobrado desde suas primeiras partidas pelo gigante da colina. E, embora tenha apresentado boa média de participação direta em gols (0,85 por jogo) nos treze compromissos oficiais de que tomou parte no primeiro trimestre, o gaúcho recebeu fortes críticas de torcedores por ter falhado em momentos cruciais da temporada.

Uma análise publicada pelo ge em 22 de março resume a percepção que se tinha a seu respeito: «É o artilheiro do time, com sete gols, e também o principal garçom, com quatro assistências. Porém, o fato de desperdiçar muitas chances, multiplicado pelas três cobranças de pênaltis desperdiçadas, gerou questionamento das arquibancadas. Tem potencial para se destacar no Brasileiro.».

O esquema tático adotado pelo técnico Maurício Barbieri era o 4-3-3 (com Gabriel Pec na ponta direita e Alex Teixeira na esquerda). E, do ponto de vista técnico, os dois laterais titulares (Pumita Rodríguez pela direita e Lucas Piton pela esquerda) eram de perfil ofensivo. Ou, seja, em tese as condições eram perfeitas para que o camisa 9 brilhasse.

Mais baixos que altos

Um dos motivos pelos quais ele e toda a equipe sofreram para chegar às redes adversárias no primeiro semestre foi justamente a insistência em jogadas pelo alto. Uma matéria publicada pelo ge em 27 de maio mostrava que, nas sete primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro, os da cruz pátea eram os que mais dependiam de cruzamentos para finalizar.

Isso serve de álibi para a queda de produtividade apresentada por Pedro Raul em seus oito primeiros jogos pela Série A, quando marcou apenas dois gols (e não deu nenhuma assistência). Por mais que o time tentasse jogar em função dele, atrapalhava muito o fato de que os três meio-campistas titulares eram quase sempre volantes.

Faltava um jogador de aproximação com quem o gaúcho pudesse fazer o trabalho de pivô. Em outras palavras, faltava um Nenê (que deixou São Januário antes do início da Série A). Barbieri se deu conta disso e passou a dar oportunidades ao meia Marlon Gomes, mas a joia de 19 anos ainda busca maior regularidade entre os profissionais.

Após o 4 x 1 para o Flamengo no Maracanã, pela nona rodada, o camisa 9 perdeu a titularidade. Nas duas rodadas seguintes vimos uma dupla de ataque formada por Alex Teixeira e Rayan (de 16 anos). Pedro Raul foi suplente utilizado tanto no 2 x 1 a favor do Internacional no Beira-Rio quanto no 1 x 0 a favor do Goiás em São Januário.

Um recomeço para quase todos

A derrota em casa para o esmeraldino foi a sexta seguida do almirante e resultou na demissão de Barbieri. No 1 x 0 de quarta-feira passada sobre o Cuiabá no Luso-Brasileiro, William Batista foi o técnico interino. Naquele dia Pedro Raul não pôde ser relacionado devido a lesão, mas hoje ele provavelmente será titular no clássico com o Botafogo no Nilton Santos.

O futuro do porto-alegrense depende, em primeiro lugar, dos planos que o novo treinador do Vasco terá para ele. Não é tão forte a disputa pela titularidade na posição de centroavante, visto que a maioria dos atacantes do elenco atua pelas extremidades (e a prioridade da SAF no mercado é encontrar um camisa 10).

Pedro Raul vive seu pior momento na temporada. Mas, com os reforços que chegarão na janela de transferências que abre amanhã e com a possível chegada de um técnico gabaritado, tanto o gaúcho quanto os demais atletas do almirante ainda podem se redimir perante seus torcedores nos cinco meses que restam para o fim do Campeonato Brasileiro.

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