Reconhecendo a necessidade de reforçar o elenco em meio a um quadro cada vez mais competitivo no futebol brasileiro, o Palmeiras deixou seus maiores investimentos para a janela do meio do ano, atacando diferentes áreas de seu elenco.
Possuindo a pressão de competir por títulos em todas as competições que disputa, o Palmeiras lidou com algumas perdas significativas e por isso apareceu forte no mercado.
A saída de Endrick no meio deste ano já era conhecida desde a temporada passada.
Outro jovem de baita potencial e com participação impactante na equipe principal a deixar o clube foi Luis Guilherme. O Verdão aceitou a proposta do West Ham e negociou mais uma opção no seu sistema ofensivo
Em meio a estas negociações, a necessidade de reforços era nítida e foi atendida.
Muito provavelmente a contratação de maior atenção do Palmeiras em alguns anos, o meia-atacante optou por assinar com o Verdão em um momento interessante de sua carreira.
Um dos pontos impostos pelo próprio Palmeiras que acabou limitando a equipe em certas contratações, foi justamente a política de não buscar nomes em declínio ou próximos da reta final de sua carreira.
No futebol atual, rotineiramente pode ser observado o retorno de jogadores brasileiros com carreiras na Europa após não terem o mesmo mercado.
A situação de Felipe Anderson é outra por completo. Aos 31 anos, o meia-atacante brasileiro tinha boas opções no futebol italiano e as recusou para assinar com o Palmeiras.
O novo camisa 9 da equipe alviverde traz tremenda flexibilidade para o sistema ofensivo de Abel Ferreira, podendo cumprir diferentes funções.
Atleta da Lazio por sete temporadas após passagens por Porto e West Ham no futebol europeu, Felipe Anderson traz consigo um histórico de confiabilidade, reforçando a teoria de que esteja na sua melhor forma física ou perto disso.
Nas últimas três temporadas do Campeonato Italiano, Felipe Anderson não perdeu sequer uma partida na Série A, participando de todos os 114 jogos da Lazio.
O Palmeiras é uma equipe muito flexível taticamente, mudando a sua formação de acordo com certas necessidades, fazendo isso em diferentes pontos desde que Abel Ferreira assumiu o comando técnico do clube em 2020.
Em meio a esta flexibilidade, um ponto rotineiramente questionado no último ano era a falta de um substituto no elenco para Raphael Veiga.
Jogadores da qualidade de Veiga são raros no futebol brasileiro, mas na figura de Maurício o Verdão encontrou um meia-atacante que pode trabalhar muito bem por dentro, além de ser mais do que capaz de atuar pelo lado do campo.
A contratação de uma figura importante de um rival brasileiro sinaliza o poder econômico do Palmeiras, conseguindo tirar Maurício do Colorado no meio da temporada, período no qual a reposição de uma perda desse tamanho é ainda mais complicada.
O desempenho do Internacional no último Brasileirão não foi muito impactante, mas contou com boas atuações de Maurício, marcando seis gols e distribuindo seis assistências em 26 aparições na Série A em 2023.
O Palmeiras não é estranho a um investimento na lateral mesmo contando com duas opções estabelecidas na posição.
No início do ano, o clube contratou Caio Paulista mesmo possuindo Joaquín Piquerez e Vanderlan no elenco.
A história se repete na janela do meio do ano com a chegada do lateral ex-San Lorenzo e a justificativa para essas duas abordagens é a mesma.
Caio Paulista e Agustín Giay oferecem versatilidade, Giay até mais do que Caio, considerando que o atleta argentino atuou em outras posições ao longo de sua jovem carreira, trabalhando como volante ou até mesmo podendo jogar como um meia pela direita, mais avançado.
Enquanto Felipe Anderson e Maurício estrearam mais rapidamente, assim que estiveram disponíveis, Giay não saiu do banco nas primeiras partidas nas quais foi relacionado, mas não deve demorar muito para que o lateral de somente 20 anos receba uma oportunidade