Dos 48 primeiros jogos do Mundial de seleções, alguns se destacam por serem entre equipes que já protagonizaram duelos históricos pela competição.
[Artigo originalmente publicado em 2 de novembro de 2022.]
Diversas partidas da fase de grupos de Catar colocarão frente a frente seleções que se enfrentaram em Copas do Mundo anteriores.
Aqui, destacamos os três reencontros que nos parecem os mais significativos, por trazerem à memória um duelo decisivo entre os dois lados.
No próximo 27 de novembro, no estádio Al Bayt, em Al Khor, Espanha e Alemanha se enfrentarão pela segunda rodada do grupo E (onde também estão Costa Rica e Japão). Os espanhóis, treinados por Luis Enrique, estavam em 7.º no ranking da FIFA quando do sorteio dos grupos; os alemães, treinados por Hansi Flick, estavam em 12.º.
A última partida de Copa do Mundo entre essas duas seleções se deu nas semifinais da edição de 2010, na África do Sul. Naquele 7 de julho em Joanesburgo, a Furia de Vicente del Bosque venceu a Mannschaft de Joachim Löw por 1 x 0 (gol de Carles Puyol), e quatro dias depois se sagraria campeã pela primeira (e até aqui única) vez.
Na atual Alemanha, o goleiro Manuel Neuer, então com 24 anos, é o único remanescente daquele duelo (visto que o meia/atacante Thomas Müller, então com 20 anos, não pôde entrar em campo devido a suspensão). Na Espanha, o meio-campista Sergio Busquets, então com 21 anos, é o “último dos moicanos”.
Em 2 de dezembro, no estádio da Cidade da Educação, em Al Rayyan, Gana e Uruguai se encontrarão pela terceira rodada do grupo H (cujas demais seleções são Portugal e Coreia do Sul). Os uruguaios, treinados por Diego Alonso, estavam em 13.º no ranking da FIFA quando foram sorteados os grupos; os ganeses, treinados por Otto Addo, estavam em 60.º.
Essas duas equipes se enfrentaram apenas uma vez na história: em 2 de julho de 2010, em Joanesburgo, pelas quartas de final daquele Mundial da FIFA. Após empate por 1 x 1 no tempo normal (gols de Diego Forlán para o Uruguai e Sulley Muntari para Gana), os sul-americanos de Óscar Tabárez venceram nos pênaltis os africanos de Milovan Rajevac.
O momento marcante do jogo foi o pênalti cometido pelo atacante uruguaio Luis Suárez (então com 23 anos), que, nos acréscimos da prorrogação, valeu-se das mãos para impedir o que seria o segundo gol adversário. “Luisito” deverá estar também no Catar; já o ganês que perdeu aquele pênalti, Asamoah Gyan (que tinha 24 anos), provavelmente não.
No mesmo 2 de dezembro, mas no estádio 974, em Doha, Sérvia e Suíça entrarão em campo pela última rodada do grupo G (que tem ainda Brasil e Camarões). Quando os grupos foram sorteados, a Sérvia, treinada por Dragan Stojković, estava em 25.º no ranking da FIFA; a Suíça, treinada por Murat Yakin, estava em 14.º.
Ambas estiveram no mesmo grupo também em Rússia 2018. No dia 22 de junho, em Kaliningrado, pela segunda rodada, Aleksandar Mitrović abriu o placar para a equipe dos Bálcãs, e Granit Xhaka e Xherdan Shaqiri fizeram os gols da equipe dos Alpes. Esse 2 x 1 de virada foi determinante para que os suíços passassem de fase, e os sérvios não.
Tanto Xhaka quanto Shaqiri são de ascendência albanesa e celebraram seus gols com um gesto que simboliza a águia bicéfala da bandeira do país. Essa atitude desagradou a muitos sérvios, e, como esses dois atletas provavelmente serão titulares novamente no próximo Mundial, a expectativa é de que o próximo encontro entre as duas seleções seja tenso.
A fim de evitar destacar um mesmo país mais de uma vez neste texto, decidimos deixar de fora outra partida do Uruguai no Catar: o duelo com Portugal em 28 de novembro. Há quatro anos, as duas equipes se enfrentaram pelas oitavas de final do Mundial, e a Celeste venceu a Seleção das Quinas por 2 x 1.
Digna de nota será também a partida entre Argentina e México, no próximo 26 de novembro. Essas duas equipes já se enfrentaram três vezes em Mundiais da FIFA — sempre com vitória da Albiceleste sobre El Tri —, e os dois jogos mais recentes (em 2006 e em 2010) foram pelas oitavas de final da competição.
Teremos outros reencontros no Catar, alguns mais interessantes do ponto de vista técnico do que outros. Mas isso é o que menos importa: todos esses jogos são especiais pelo simples fato de nos fazerem lembrar o quão rica é a história da Copa do Mundo — que, depois de mais de 90 anos, será pela primeira vez realizada em solo árabe.
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