Embora nem todos os principais jogadores da AFC sejam amplamente conhecidos, alguns podem muito bem estar entre os destaques de Catar.
Entre novembro e dezembro deste ano, a Copa do Mundo volta a ser realizada inteiramente em solo asiático após vinte anos.
Mas quais são os principais destaques das cinco seleções que jogam ''em casa'' neste próximo Mundial da FIFA? É o que veremos a seguir.
Na próxima Copa do Mundo, serão cinco as seleções representantes de países inteiramente localizados no continente asiático. Ei-las de acordo com suas posições no ranking da FIFA em 25 de agosto: Irã (22.ª), Japão (24.ª), Coreia do Sul (28.ª), Catar (48.ª) e Arábia Saudita (53.ª).
É importante notar que a AFC (da sigla em inglês para Confederação Asiática de Futebol) terá de fato seis representantes em Catar 2022. Isso porque a Austrália (39.º lugar no ranking da FIFA de agosto) trocou a OFC (a Confederação de Futebol da Oceania) pela AFC em 2006. Por tal razão, abordaremos também jogadores australianos neste texto.
Feitas essas considerações, comecemos falando do futebolista nascido na Ásia que mais terá os holofotes sobre si na fase de grupos do próximo Mundial de seleções.
Se existe um jogador na atualidade que é indiscutivelmente o melhor de seu continente, este é o atacante sul-coreano Son Heung-min, de 30 anos. Das nove vezes até aqui em que o jornal chinês Titan Sports concedeu o prêmio de Melhor Futebolista na Ásia, o hoje camisa 7 do Tottenham Hotspur venceu sete — e todas as últimas cinco.
Esse reconhecimento é mais que justificado. Na temporada 2018–19, Heung-min se tornou o asiático com mais gols na história da Liga dos Campeões da Europa. E, em 2021–22, tornou-se o primeiro asiático a terminar no topo da artilharia de uma edição da Premier League (com os mesmos 23 gols do egípcio Mohamed Salah).
Pela Coreia do Sul, seu grande momento se deu em 2015, quando marcou três gols na Copa da Ásia em que a sua seleção terminou vice-campeã. Em 2022, Heung-min terá a oportunidade de se tornar o maior artilheiros dos Guerreiros Taegeuk em Mundiais. (Seus três gols até aqui o deixam empatado com Park Ji-sung e Ahn Jung-hwan.)
Embora os sul-coreanos contem com o craque asiático da atualidade — e um dos melhores do continente em todos os tempos —, são os iranianos os considerados a equipe mais forte da AFC (como visto por sua posição no ranking da FIFA). E dois grandes responsáveis por isso são os jogadores que abordaremos a seguir.
Na eleição de 2021 do já mencionado prêmio do Titan Sports ao melhor futebolista na Ásia, dois atacantes nascidos no Irã ocuparam as segunda e terceira posições: respectivamente, Sardar Azmoun, do Zênite, e Mehdi Taremi, do Porto.
Hoje com 27 anos, Azmoun se transferiu no início de 2022 aos alemães do Bayer Leverkusen, depois de ter feito toda a sua carreira como profissional em clubes russos. Pela sua seleção, se destacou principalmente na Copa da Ásia de 2019, quando marcou quatro gols num torneio no qual o Irã foi eliminado nas semifinais.
Já Taremi, de 30 anos, jogou por quatro clubes do Oriente Médio antes de se transferir para o Rio Ave, de Portugal. Embora seja desde 2020 um dos principais jogadores do Porto, um conflito com o então técnico do Irã, o croata Dragan Skočić, o deixou afastado de sua seleção por um tempo.
Para terminar, falaremos brevemente de jogadores dos outros quatro representantes da AFC na próxima Copa do Mundo.
O Japão chega ao Oriente Médio com a moral de ter disputado todos os últimos seis Mundiais. Entre os principais nomes da equipe estão o zagueiro Takehiro Tomiyasu (Arsenal), de 23 anos, e o volante Wataru Endo (Stuttgart), de 29 anos.
No primeiro Mundial de sua história, o Catar terá no atacante Akram Afif (Al-Sadd), de 26 anos, provavelmente o seu principal jogador. Outro destaque dos anfitriões é o também atacante Almoez Ali (Al-Duhail), de 26 anos.
Na tradicional seleção da Arábia Saudita, o meio-campista Salem al-Dawsari (Al-Hilal), de 31 anos, é um dos nomes que demandam mais atenção. Outro meio-campista que vale a pena citar é o capitão Salman al-Faraj (Al-Hilal), de 33 anos.
Por fim, a Austrália tem o goleiro Mathew Ryan (Copenhague), de 30 anos, e o meio-campista Aaron Mooy (Celtic), de 31, como dois jogadores com experiência em algumas das ligas mais competitivas do mundo.
Os nomes acima são o que se poderia chamar de ''apostas seguras''. Por outro lado, não será necessariamente uma surpresa se outro asiático (ou australiano) terminar como o grande destaque da AFC na próxima Copa do Mundo.