Os Grand Slams australiano e inglês são as prioridades do sérvio, que também lutará por outro ATP Finals e por terminar o ano como o número 1 do ranking.
[Traduzido e adaptado de ''Los objetivos de Djokovic para el 2023''.]
2022 foi uma gangorra para Novak Djokovic, que conquistou seu sexto ATP Finals mas viu-se em desvantagem na disputa com Rafael Nadal pela honra de ser o detentor do recorde de títulos em Grand Slams entre os homens.
Considerando tudo de que o sérvio demonstrou ser capaz não só ao longo da carreira mas também em seus melhores momentos no ano passado (mesmo sendo já um dos veteranos do circuito), dividimos os seus objetivos para 2023 em quatro passos.
O primeiro grande objetivo do sérvio para a atual temporada é o Aberto da Austrália. Esse é o Grand Slam que ele mais vezes venceu — nove ao todo — e no qual é o recordista de títulos (com três a mais que o suíço Roger Federer e o australiano Roy Emerson).
Caso cumpra com os prognósticos e vença o torneio a ser disputado em Melbourne pelas próximas duas semanas, Djokovic igualará os 22 Grand Slams de Nadal e se tornará o segundo homem a vencer pelo menos dez edições de um único major.
Há bons motivos para o atual número 5 do ranking da ATP estar otimista quanto ao seu desempenho em Wimbledon entre 6 e 17 de julho. Todas as últimas quatro edições do principal torneio inglês (que não foi realizado em 2020) foram vencidas por ele.
Podemos considerar este o segundo grande objetivo de Djokovic para 2023 também porque, caso vença o Aberto da Austrália e Nadal não vença o Aberto da França, ambos chegarão à Inglaterra empatados em número de Grand Slams.
Um fator que pode lhe servir de motivação extra é saber que, tendo vencido sete vezes em Wimbledon, este nativo de Belgrado está a apenas uma conquista de se igualar a Federer como o recordista de títulos na grama do All England Club.
Já para o final da temporada, sua principal meta será a conquista do ATP Finals, em Turim, entre 12 e 19 de novembro. Temos aqui um troféu que ele levantou por seis vezes, e se conseguir alçá-lo uma vez mais se tornará o recordista isolado de títulos.
Isso porque também Federer tem no currículo seis troféus de ATP Finals. Logo, no último torneio do ano Djokovic terá uma oportunidade e tanto para alcançar um estatuto ainda mais elevado na história do tênis masculino.
Finalmente, o seu quarto objetivo é recuperar o posto de número 1 no ranking da ATP. Tendo começado o ano passado no topo, o sérvio terminou apenas como o número 5 (a sua pior posição de fim de ano desde que foi o número 12 ao término de 2017).
É dele o recorde de tempo como o líder entre os tenistas masculinos: 373 semanas. Além disso, é ele o jogador que mais vezes terminou a temporada em tal posição, tendo-o feito por sete vezes. E, desde 2007, apenas em 2017 e em 2022 ele não terminou no top 3.
Não há dúvidas de que, se realizar os três objetivos analisados anteriormente, Djokovic será novamente o rei do circuito da ATP ao fim de 2023. Mas isso dependerá não só do desempenho deste atleta de 35 anos como o de seus principais rivais.
Carlos Alcaraz, o atual número 1, não está na Austrália, mas tampouco tinha muitos pontos a defender por lá. Depois de março, por outro lado, este espanhol de 19 anos terá muito pelo que lutar (principalmente por ser o atual campeão do Aberto dos Estados Unidos).
Outro candidato à liderança é Daniil Medvedev, de 26 anos. Atual número 8 do ranking, o russo tornou-se o número 1 da ATP em fevereiro do ano passado (muito graças ao vice-campeonato no Grand Slam australiano), e o foi pela última vez em setembro.
E há Rafael Nadal, que aos 36 anos é o número 2. Se mantiver o bom nível de 2022 em majors (venceu o da Austrália e o da França e foi semifinalista na Inglaterra), o espanhol terá boas chances de terminar o ano como o número 1 pela sexta vez na carreira.
Djokovic provavelmente precisará dar o melhor de si para conquistar todos os seus principais objetivos daqui até novembro. Mas alguém ainda duvida que o sérvio possui o talento, a ambição e o foco necessários para chegar aonde quer?