Como seria de esperar, os maiores clubes de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul têm grandes jogadores entre os seus futebolistas mais vitoriosos.
[Artigo originalmente publicado em 3 de outubro de 2022.]
Falar no jogador mais vitorioso da história de um clube nem sempre é tarefa simples, pois é preciso entender o valor de determinada conquista em sua época.
Apesar desse desafio, acreditamos ser possível apresentar os principais candidatos a maiores vencedores da história dos grandes de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
Antes de falar de números de títulos, falemos de números de jogos. O recordista nesse quesito pelo Atlético-MG é o goleiro João Leite, que atuou pelo Galo de 1976 a 1988 e de 1991 a 1992. Nesse período, Lete entrou em campo 684 vezes com a camisa do Alvinegro de Belo Horizonte.
Considerando somente os campeonatos mais relevantes, é ele também o jogador mais vitorioso da história do clube. E não é para menos, visto que, em todos esses anos defendendo as cores do Galo, o ''Goleiro de Deus'' foi companheiro de equipe de nomes como Toninho Cerezo, Éder Aleixo e Reinaldo.
Faltou a esses jogadores a conquista do Campeonato Brasileiro. (O Atlético foi vice-campeão em 1977 e 1980.) Mas, mesmo excetuando-se as conquistas de diversos torneios amistosos, João Leite tem doze troféus expressivos: um da Copa Conmebol (1992) e onze do Campeonato Mineiro (1976, 1978–83, 1985–86, 1988 e 1991).
Também o lado azul de Minas Gerais tem um goleiro como o seu atleta que mais vezes entrou em campo. Estamos falando de Fábio, que entre 1999 e 2000 e entre 2005 e 2021 jogou nada menos que 976 vezes pelo Cruzeiro (enquanto o segundo da lista, Zé Carlos, defendeu a Raposa em 633 ocasiões).
Embora Fábio seja também o goleiro mais vitorioso da história do clube, com doze títulos, alguns (poucos) jogadores estão acima dele nesse ranking. E acima de todos está o ex-volante Ricardinho, que jogou com as cinco estrelas ao peito de 1994 a 2002 e em 2007, e ao todo foi campeão quinze vezes pelos palestrinos.
Ricardinho foi companheiro de equipe de nomes como Nonato, Donizete Oliveira e Marcelo Ramos. Eis os principais troféus desse jogador (cujo apelido era ''Mosquitinho'') pelo Cruzeiro: uma Copa Libertadores (1997), duas Copas do Brasil (1996 e 2000), duas Copas Sul-Minas (2001 e 2002) e quatro Campeonatos Mineiros (1994 e 1996–97)
No que se refere a número de jogos pelo Grêmio, o primeiro colocado é o antigo ponta-direita Tarciso. Entre os anos de 1973 e 1986, o ''Flecha Negra'' atuou por 721 vezes com a camisa do Tricolor dos Pampas (clube do qual é também o segundo maior artilheiro, com 222 gols).
Quanto a títulos, a análise é mais complexa. O antigo ponta-esquerda Leôncio Vieira, por exemplo, foi campeão dezenove vezes pelo Grêmio; mas sete desses troféus foram do extinto Campeonato Citadino de Porto Alegre. Seria apropriado dar a esse torneio a importância que tem o Campeonato Gaúcho (o qual Vieira conquistou onze vezes)?
Se a resposta à pergunta anterior for ''não'', devemos falar de Danrlei. Entre 1993 e 2003, esse ex-goleiro conquistou doze títulos de expressão pelo Imortal. Eis os mais relevantes: uma Copa Libertadores (1995), três Copas do Brasil (1994, 1997 e 2001) e cinco Campeonatos Gaúchos (1993, 1995–96, 1999 e 2001).
Quanto ao lado vermelho de Porto Alegre, quem lidera o ranking de atuações é o ex-ponta-direita Valdomiro. Entre os anos de 1968 e 1980 e em 1982, esse catarinense de Criciúma jogou 803 vezes pelo Internacional. (É, além disso, o quarto maior artilheiro da história do clube, com 191 gols.)
Quando o assunto é títulos, fazemos novamente a ressalva a respeito da relevância, nos dias de hoje, do Campeonato Citadino de Porto Alegre. Se levarmos em conta esse torneio, o jogador mais vitorioso da história do Colorado é provavelmente o ponta-esquerda Carlitos, que entre 1938 e 1951 foi onze vezes campeão citadino e nove vezes campeão gaúcho.
Outro candidato a maior vencedor da história do Inter seria o zagueiro Índio, que de 2005 a 2014 conquistou pelo menos treze troféus relevantes pelo Colorado. Destes, destacamos os seguintes: um Mundial de Clube (2006), duas Copas Libertadores (2006 e 2010), uma Copa Sul-Americana (2008) e sete Campeonatos Gaúchos (2005, 2008–09 e 2011–14).
Feitas essas análises, a pergunta que se segue é se existe a possibilidade de mudança em alguns desses rankings num futuro próximo.
Essa possibilidade existe. Graças à conquista atleticana do Campeonato Mineiro de 2022, o zagueiro Réver chegou a onze títulos de expressão pelo clube — ou, seja, apenas um a menos que João Leite.
Conseguirá Réver, de 37 anos (cujo contrato com o Atlético vai até dezembro de 2023), chegar ao topo da lista de maiores vencedores do Galo? É o que descobriremos, possivelmente, antes do segundo semestre do próximo ano.
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