Képler Laveran de Lima Ferreira, conhecido no mundo do futebol por Pepe, se tornou no jogador mais velho de sempre a atuar em uma Eurocopa, com 41 anos e 130 dias. Mais surpreendente é não ser um goleiro, normalmente estes jogadores têm uma carreira mais longa. Pepe é um zagueiro e mais, continua sendo um dos melhores do mundo.
Képler nasceu a 23 de fevereiro de 1983 em Maceió, Alagoas, Brasil. Foi aí, na sua terra natal, que ele começou a praticar futebol, integrando o elenco do Corinthians Alagoano. Com 18 anos, os então treinador e presidente do Marítimo (clube português da ilha da Madeira), Nelo Vingada e Carlos Pereira, foram observar um treinamento do time de Pepe.
Eles foram para ver um atacante companheiro de equipe do então jovem defesa. Mas foi Pepe, e também Ezequias, que impressionou os dois e recebeu logo ali um convite para se mudar para Portugal.
Em 2001 integrou o elenco da equipe B do Marítimo e no ano seguinte subiu para a equipa principal. Se tornou em um elemento importante do time madeirense que ajudou a se classificar para Copa UEFA – mais tarde passou a se chamar Liga Europa.
Em 2004, despertou o interesse do FC Porto, que o contratou pela primeira vez e onde viu sua carreira explodir definitivamente para os olhos do mundo do futebol.
Curiosamente, Pepe esteve perto de integrar o elenco do Sporting, um dos grandes rivais do Porto. Em 2002, na pré-temporada, foi treinar com o time de Lisboa, onde estava um também jovem Cristiano Ronaldo. Os Leões mostraram interesse no defesa brasileiro, mas os clubes não conseguiram chegar a um acordo pelos valores da venda.
Em maio de 2004 chegou no elenco do então campeão europeu, já sem José Mourinho no comando que foi substituído pelo espanhol Víctor Fernández. Na sua primeira temporada, foi reserva com os veteranos Pedro Emanuel e Jorge Costa como habituais titulares e Ricardo Costa como primeiro reserva.
Mas foi na temporada de 2005/06 que Pepe se assumiu como elemento fundamental da defesa dos Dragões, sob o comando do treinador holandês Co Adrieense. O defesa venceu dois títulos consecutivos da Primeira Liga e a Taça de Portugal. Em 2007 se naturalizou português e partiu para o maior desafio de sua carreira, jogar no Real Madrid.
Pepe passou 10 anos no Real Madrid vencendo tudo o que havia para vencer. Porém, ele não foi sempre um titular indiscutível. O zagueiro passou por momentos ruins, entre lesões, problemas disciplinares no gramado, fora dele e com treinadores seus, em especial Mourinho.
Um dos momentos mais tristes da carreira de Pepe aconteceu em 2009 no jogo contra o Getafe. O zagueiro derrubou Casquero e o árbitro assinalou pênalti. Pepe perdeu a cabeça e chutou o adversário por duas vezes quando este estava no chão. Ele se envolveu ainda com outros rivais e até xingou o árbitro. Acabou castigado com 10 jogos de suspensão.
Ele regressou na temporada seguinte e, quando estava em grande forma, sofreu com novo momento complicado na sua carreira. Em dezembro de 2009 ele sofreu uma forte lesão, rotura do ligamento cruzado anterior do joelho direito, que terminou sua época.
No seu regresso na temporada de 2010/11 fez uma dupla fantástica com outro zagueiro português, Ricardo Carvalho, sob o comando de Mourinho. Porém, sua relação com o treinador luso não foi a melhor e, com outros problemas na mistura, chegou a ameaçar deixar o Santiago Bernabéu.
Pepe acabou renovando seu contrato e encontrou um novo parceiro no centro da zaga, Sergio Ramos. Ainda com José Mourinho no comando, Pepe foi perdendo seu lugar para o francês Raphael Varane.
Com a chegada de Carlo Ancelotti, Kléber voltou a ser fundamental na equipe, não só pela sua qualidade como defesa como pela sua experiência. Na temporada de 2013/14 ele foi um elemento crucial na conquista da La Décima – pela Liga dos Campeões.
Na sua última temporada em Madri, 2016/17, Pepe voltou a sofrer com várias lesões e não jogou muito.
Retornos excluem o valor de aposta em Créditos de Aposta. São aplicados T&Cs, limites de tempo e exclusões.