Em mais de sete décadas, a liga profissional de basquete dos Estados Unidos nos brindou com campeões que poucos teriam antecipado na pré-temporada. Verifique.
Muitas vezes uma equipe domina na temporada regular, mas cai precocemente nos playoffs. Outras vezes um time vindo do play-in surpreende chegando nas finais.
O grande vencedor tanto pode ser o grande favorito como um time visto como azarão. Verifique alguns dos campeões mais improváveis da história da NBA.
Em 2006 os Dallas Mavericks chegaram às finais, quando foram derrotados por 4 a 2 pelo Miami Heat. Nas temporadas seguintes os do Texas sempre pareceram candidatos legítimos a uma inédita conquista que nunca vinha.
Em 2011 as suas chances pareciam bastante pequenas antes de apresentarem desempenho impressionante na pós-temporada.
Naquela temporada regular os Mavs terminaram em terceiro na Conferência Oeste, atrás dos San Antonio Spurs e dos Los Angeles Lakers. (Estes foram os campeões de 2009–10.)
Os texanos eliminaram os californianos nas semifinais da conferência, e em seguida eliminaram o Oklahoma City Thunder de Kevin Durant e James Harden.
Mas a maior surpresa ainda estava por vir.
O Miami Heat havia adquirido LeBron James e Chris Bosh na off-season para formar um trio poderoso com Dwyane Wade.
Nos playoffs do Leste, os floridenses derrotaram por 4 a 1 os três adversários que tiveram pela frente — os Philadelphia 76ers, os Boston Celtics e os Chicago Bulls.
Ninguém esperava que os Mavericks negassem ao Heat o título, ainda mais quando os de Miami venceram dois dos três primeiros jogos.
Mas os três encontros seguintes foram vencidos pelos de Dallas, que assim fecharam a série em 4 a 2 e tiveram em Dirk Nowitzki o MVP das finais.
Em 1995, os Houston Rockets chegaram como os campeões, mas duas conquistas em série parecia um exagero. Eles tiveram uma temporada de altos e baixos e eram considerados, quando muito, a terceira força do Oeste — atrás dos Spurs e do Jazz.
E, mesmo que vencessem as finais de sua conferência, quem teria apostado neles para venceram as finais da NBA? No Leste havia os Bulls de Michael Jordan (em seu retorno à liga) e o Magic de Shaquille O’Neal.
Mas voltemos ao Oeste. Na primeira rodada os Rockets surpreenderam o Jazz (3 a 2), na segunda passaram pelos Suns (4 a 3) e nas finais superaram os Spurs (4 a 2).
Na série decisiva o seu adversário foi o Orlando Magic, mas os do Texas superaram os da Flórida por 4 a 0 e Hakeem Olajuwon foi o MVP das finais pela segunda vez seguida.
Os Toronto Raptors pareciam uma equipe em transição antes da temporada 2018–19, com o astro DeMar DeRozan indo para os San Antonio Spurs e Kawhi Leonard vindo dessa mesma franquia.
Aquele que seria o único ano de Leonard em Toronto também provou ser um dos mais memoráveis para ele.
O ala apresentou exibições hercúleas nos playoffs, incluindo um «buzzer beater» (cesta convertida quando já toca a sirene) no jogo 7 das finais do Leste, contra os 76ers.
Daí a superar os Golden State Warriors, que buscavam um terceiro campeonato seguido, já parecia demais. Mas no fim os Raptors conseguiram seu primeiro título na história.
E, por mais que os Dubs tenham perdido Durant por lesão no jogo 5, àquela altura os canadenses já venciam a série por 3 a 1. Talvez tivessem feito 4 a 2 do mesmo jeito.
Uma vez concretizada essa vitória, Leonard foi pela segunda vez premiado como o MVP das finais. (A primeira foi em 2014, quando defendia os Spurs.)
Por mais que os Detroit Pistons fossem um bom time em 2004 —terminaram a temporada regular em terceiro no Leste, com respeitável retrospecto de 54 vitórias e 28 derrotas—, poucos acreditavam que eles poderiam derrotar as estrelas dos Lakers nas finais.
Aqueles Pistons tinham qualidade, sem dúvida. Entre seus principais atletas estavam Chauncey Billups, Tayshaun Prince, Rasheed Wallace e Richard Hamilton.
Mas o que dizer do Lakers? Estes tinham em seu elenco Shaquille O’Neal, Kobe Bryant, Karl Malone e Gary Payton — todos futuros membros do Hall da Fama.
Na primeira partida, em Los Angeles, a vitória foi dos visitantes. Mas na segunda, na mesma cidade, os anfitriões é que venceram (ainda que na prorrogação).
Seguiram-se então três jogos em Detroit. Todos eles foram vencidos pelos Pistons, que assim fecharam a série final para serem os campeões pela terceira vez.
Esse foi o primeiro e único título da carreira de Billups, que, além disso, recebeu o prêmio de MVP das finais.
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