Os dois tenistas espanhóis continuam se recuperando de lesões e vão falhar o Masters 1000 monegasco, o primeiro grande torneio da temporada de saibro.
A 116ª edição do torneio arranca este domingo, mas não vai poder contar com dois dos melhores tenistas do circuito, incluindo o rei do saibro e maior campeão de sempre de Monte Carlo, Rafael Nadal.
O veterano está fora de ação desde o Aberto da Austrália, quando perdeu na segunda rodada para Mackenzie McDonald em três sets (4-6, 4-6, 5-7) e sofreu uma lesão que o impediu de voltar a competir desde então.
Agora se espera que Nadal possa retornar no Torneo Conde Godó, a ser realizado entre 17 e 23 de abril, para começar a preparar seu grande objetivo da temporada: o Aberto da França.
Por sua vez, Alcaraz anunciou que está sofrendo de artrite pós-traumática na mão esquerda e de algum desconforto muscular nas costas, devido aos esforços consecutivos nos Masters de Indian Wells, que venceu, e Miami, onde foi semifinalista.
Agora, o número dois do ranking mundial deve retornar em Barcelona para defender seu estatuto de campeão.
Félix Auger-Aliassime, Pablo Carreño Busta e Denis Shapovalov também estarão ausentes.
A qualificação já está acontecendo, com o sorteio principal se iniciando este domingo, com as finais de duplas e simples, reservadas para domingo, 16 de abril, às 07h00 e 09h30 de Brasília respetivamente.
O número um do mundo, Novak Djokovic, será cabeça de chave no torneio e com a ausência de Carlos Alcaraz, os restantes tenistas do Top 10 sobem na chave.
O sérvio é assim seguido por Stefanos Tsitsipas e Daniil Medvedev, e ainda Casper Ruud, Andrey Rublev, Holger Rune, Jannik Sinner, Taylor Fritz e Karen Khachanov.
Os ex-campeões Fognini e Wawrinka também estão presentes, entrando diretamente para a chave graça aos wildcards oferecidos pela organização.
O que esperar de Nadal em 2023
O tenista grego se sagrou campeão em Monte Carlo em 2021 e defendeu com sucesso seu título no ano passado ao derrotar Alejandro Davidovich Fokina, pelas parciais de 6-3 e 7-6 (7-3). Por isso, junto com Djokovic, ele é favorito à vitória final.
O espanhol foi a surpresa do torneio ao eliminar jogadores como Novak Djokovic, Taylor Fritz e Grigor Dimitrov para chegar na final. Este ano, ele estreia frente ao nono cabeça de chave, Karen Kachanov, na segunda-feira, e tem odds de 2,00 para ganhar e 1,80 para ficar pelo caminho.
Verifique os últimos cinco vencedores do Masters de Monte Carlo:
2022: Stefanos Tsitsipas
2021: Stefanos Tsitsipas
2019: Fabio Fognini
2018: Rafael Nadal
2017: Rafael Nadal
As partidas serão transmitidas pela ESPN, SporTV e em streaming no Star+.
O espanhol é o tenista mais condecorado deste torneio, tendo conquistado 11 títulos em suas 17 participações, e detém ainda o recorde da maior número de títulos consecutivos, oito de 2005 até 2012.
Se isso não bastasse, ele tem uma impressionante contagem de 73 vitórias e seis derrotas no total.
Esses 92% de vitórias são seu melhor resultado em um torneio Masters 1000, mas também um dos números mais impressionantes de sua carreira: ele apenas tem mais vitórias no Aberto da França (97%) e no Torneo Conde Godó (94%), sem contar torneios nos quais ele ganhou o título em sua única participação.
Guillermo Coria na terceira rodada (2003), Novak Djokovic na final (2013), David Ferrer nas quartas-de-final (2014), novamente o sérvio nas semifinais (2015), Fabio Fognini nas semifinais (2019) e Andrey Rublev nas quartas-de-final (2021) foram os únicos capazes de derrotá-lo no saibro de Monte Carlo.
Jogadores com o maior número de títulos no Masters de Monte Carlo:
Nome | Vitórias de simples | Vitórias em duplas | |
1º | Rafael Nadal | 11 | 1 |
2º | Ilie Nastase | 3 | 3 |
3º | Björn Borg Thomas Muster | 3 | 0 |
4º | Guillermo Vilas Mats Wilander Ivan Lendl Sergi Bruguera Gustavo Kuerten Juan Carlos Ferrero Novak Djokovic Stéfanos Tsitsipás | 2 | 0 |
O veterano anunciou esta semana nas redes sociais que “espera voltar o mais rápido possível”, mas ainda não se encontra “preparado para competir ao mais alto nível”, nem em “condições de jogar com totais garantias”, razão pela qual vai falhar aquele que considera “um dos torneios mais importantes” da sua carreira.