Depois do diagnóstico de visão dupla que o afastou das duas últimas provas, Marc Marquéz deve voltar à competição este fim de semana.
O anúncio foi dado pela sua equipa, a Honda, confirmando que o piloto espanhol “recebeu alta médica e pode regressar à competição após a queda sofrida no GP da Indonésia, que lhe provocou diplopia”, como se pode ler no comunicado oficial.
Depois do acidente no warm-up de Mandalika o ter retirado da prova, o piloto da Honda seguiu um tratamento oftalmológico conservador, especialmente porque esta não é a primeira vez na carreira que sofre de visão dupla.
Por essa razão, o espanhol esteve afastado também do GP da Argentina, no último fim de semana, onde o seu compatriota Aleix Espargaró celebrou duplamente. O piloto da Aprilia não só venceu pela primeira vez na carreira, como assinalou a sua 200ª corrida em MotoGP.
Márquez está assim apto para regressar à competição para a quarta ronda da temporada, e “antes de viajar para os EUA, confirmou a sua recuperação num teste com uma Honda CBR600RR" no circuito espanhol de Alcarrás, segundo informações avançadas pela sua equipa.
O Grande Prémio das Américas tem lugar este domingo, às 20h00, no circuito de Austin, no Texas, uma corrida muito exigente normalmente dominada por Marc Márquez. Mas, caso o espanhol não esteja ainda a 100%, o favoritismo recai em Álex Rins, vencedor de 2019.
Três pódios completamente diferentes
O calendário de 2022 de MotoGP conta com 21 provas, e até agora, teve pódios diferentes nas três nas corridas realizadas no Campeonato do Mundo 2022, com nove pilotos distintos no pódio.
Depois de Enea Bastianini vencer a prova inaugural, foi a vez de Miguel Oliveira ganhar, com Aleix Espargaró a sagrar-se o terceiro vencedor do ano.
E enquanto Bastianini e Binder foram primeiro e segundo, respectivamente, na corrida de abertura, ambos ficaram longe do pódio nas provas seguintes.
O actual campeão do Mundo, Fabio Quartararo, também começou de forma muito irregular, sendo nono, segundo e oitavo, por essa ordem, nas três rondas do Campeonato do Mundo.
Quanto ao português Miguel Oliveira, da KTM, é séptimo na classificação geral com altos e baixos de performance. Depois de não ter terminado no Catar, o luso de 27 anos venceu no GP de Mandalika, na Indonésia, e terminou em 13º na Argentina.
Em linha oposta encontramos Joan Mir e Álex Rins, dois dos pilotos mais consistentes do ano.
A verdade é que estas variações nos desempenhos e resultados significam também que entre o décimo e o primeiro classificados existe uma diferença de apenas 25 pontos, como se pode verificar na lista seguinte.
1. Aleix Espargaró 45
2. Brad Binder 38
3. Enea Bastianini 36
4. Álex Rins 36
5. Fabio Quartararo 35
6. Joan Mir 33
7. Miguel Oliveira 28
8. Johann Zarco 24
9. Jorge Martín 20
10. Pol Espargaró 20
Talvez por isso, o GP de Austin este fim de semana ganha especial importância, até porque depois há interregno no Campeonato do Mundo que regressa no final de Abril à Europa, para uma série de 12 circuitos, começando em Portugal.
A prova no circuito do Algarve, a 24 de Abril, chega portanto numa fase chave para confirmar os 10 favoritos ao título desta época.
