A marca italiana fez um 1-2-3-4 em Sepang, mas houve indícios positivos dos demais, sinalizando para mais um campeonato emocionante.
A classe rainha do Mundial de Motovelocidade realizou os penúltimos testes de pré-temporada na Malásia e a Ducati mostrou que segue sendo a força dominante, mas vários pilotos se mostraram competitivos e se espera uma nova temporada altamente disputada.
Os dois protagonistas do mundial de 2023, Francesco Bagnaia e Jorge Martín, estiveram muito bem, assim como Enea Bastianini, que parece ter reencontrado a forma.
O bicampeão mundial (Ducati Lenovo Team) cravou um novo recorde de volta mais rápida na pista de Sepang e mostrou que vai com tudo para a nova temporada.
No entanto, Jorge Martín (Prima Pramac Racing), não lhe ficou atrás, e mesmo Enea Bastianini (Ducati Lenovo Team) deu sinais muito positivos, mostrando que se não tiver os mesmos probelmas de lesões do último ano, pode incomodar os colegas.
O atual favorito, Marc Marquéz, com odds de 2,75 para conquistar seu sétimo título mundial de MotoGP, mostrou bom ritmo de prova ao comando da sua Gresini, focando em fazer muitas voltas, conhecer todos os limites e aerodinâmicas de sua nova moto, mais do que em registrar alta velocidade, sendo aliás batido nesse quesito por seu irmão e companheiro de equipe, Alex Marquéz.
Na Pertamina Enduro VR46 Racing Team, o recém-chegado Fabio Di Giannantonio fez uma impressionante simulação do Tissot Sprint, enquanto Marco Bezzecchi esteve discreto.
Nas restantes montadoras, KTM deu sinais bem positivos, e Brad Binder espera ser mais uma vez o melhor dos pilotos não-Ducati, mas parece ter competição chegando do segundo time da montadora.
O novato Pedro Acosta (Red Bull GASGAS Tech3) foi o mais rápido no Shakedown, mais rápido no Teste de Sepang e ainda fez uma impressionante simulação de Tissot Sprint, confirmando que é um piloto a ter em atenção nesta temporada.
No caso da Aprilia, as opiniões ficaram divididas. Por um lado, Aleix Espargaró (Aprilia Racing) foi quinto no geral e disse que foi sua melhor pré-temporada até agora. No entanto, seu companheiro de equipe, Maverick Viñales, assim como Miguel Oliveira (Trackhouse Racing), não conseguiram sacar os mesmos resultados do pacote, assumindo que foi um teste difícil.
Tanto que o diretor-executivo da Aprilia, Massimo Rivola, aceitou derrota antes do arranque, afirmando que não acha que estarão prontos para lutar com a Ducati, a qual considera deu um passo maior do que os restantes em termos de desenvolvimento.
A gigante japonesa Honda deu sinais positivos com Joan Mir (Repsol Honda Team) liderando a tabela de tempos do time, seguido de Takaaki Nakagami (Idemitsu Honda LCR), Johann Zarco (Castrol Honda LCR), e Luca Marini (Repsol Honda Team), mas parece longe de ter motos vencedoras.
Situação semelhante à da Yamaha que, apesar do ex-campeão mundial Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha MotoGP™) ter registado a melhor velocidade da bateria de Sepang, minimizou os resultados lembrando que no último ano os resultados dos testes deram indicações falsas da potência das motos.
Dado que as novas regras permitem alterações às especificações de motor, os times têm chance de melhorar seus equipamentos durante o ano.
A pré-temporada termina esta semana, com mais testes entre os dias 19 e 20 de fevereiro em Lusail, antes do início do campeonato, entre 8 e 10 de março, também no Catar.
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