Uma das principais esperanças de medalha de ouro para o Brasil, Isaquias Queiroz chega confiante para as disputas em Paris.
O atleta brasileiro teve um desempenho impressionante em Tóquio, na edição passada dos Jogos Olímpicos. Para Paris, espera-se que ele se saia ainda melhor.
A jornada de Queiroz foi marcada por desafios. Após se mudar para o Rio de Janeiro para se dedicar exclusivamente aos treinos, ele enfrentou uma grande decepção ao não ser convocado para o Pan-Americano de Guadalajara.
Em 2013, após ganhar o Mundial, desabafou nas redes sociais, revelando que não recebeu qualquer gratificação financeira e que estava pensando em abandonar o esporte.
Felizmente, Queiroz não desistiu. Seu treinador, Jesus Morlán, foi um grande apoio para ele e teve um papel crucial em sua carreira até falecer em 2018 devido a câncer.
Em reconhecimento ao trabalho de Morlán, Queiroz dedicou sua medalha de ouro olímpica a ele, que ajudou o atleta até o fim de sua vida.
Nascido em Ubaitaba, na Bahia, Isaquias enfrentou também dificuldades pessoais significativas. Perdeu o pai quando tinha apenas 2 anos e foi criado pela mãe com seus oito irmãos, sendo quatro deles adotados.
Aos 3 anos, sofreu um grave acidente doméstico com água fervente, e aos 10 anos, perdeu um rim após cair de uma árvore.
Isaquias Queiroz é um nome de destaque na canoagem brasileira, com uma trajetória repleta de conquistas históricas. Sendo ele, inclusive, uma das grandes esperanças para 2024.
Nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, ele fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a ganhar três medalhas em uma única edição dos Jogos, com duas pratas e um bronze.
Em Tóquio 2020, o atleta brilhou ainda mais ao conquistar a medalha de ouro. Antes disso, já havia sido campeão Mundial de Canoagem Velocidade na Alemanha, em 2013.