A história do futebol nos traz exemplos interessantes de astros que tiveram como referência jogadores nem sempre devidamente reconhecidos.
Certos futebolistas que marcaram época hoje tendem a ser mais lembrados pela influência que exerceram sobre outros ainda mais famosos.
Abaixo, veremos cinco exemplos de atletas menos conhecidos e dos futuros astros que eles influenciaram.
Nascido em 1921, o meio-campista fluminense Zizinho jogou de 1939 a 1962. Além de ser um dos grandes nomes de Flamengo (clube que defendeu de 1939 a 1950), Bangu (1950 a 1957) e São Paulo (1957 a 1958), é frequentemente apontado como o craque da Copa do Mundo de 1950 (apesar do vice-campeonato da seleção brasileira em casa).
É provável que “Mestre Ziza” tenha sido a máxima inspiração para muitos que o viram jogar, mas os amantes do futebol o associam principalmente ao seu fã mais ilustre: Pelé. Nascido em 1940, o “rei” afirma há tempos que Zizinho (a quem chegou a enfrentar em 1957, num jogo entre São Paulo e Santos) foi seu primeiro grande ídolo.
Nascido em 1935, o meia gaúcho Chinesinho jogou de 1953 a 1974. No Brasil, se destacou principalmente no Internacional (1955 a 1958) e no Palmeiras (1958 a 1962). Seus quatro clubes seguintes seriam todos da Itália: Modena (1962 a 1963), Catania (1963 a 1965), Juventus (1965 a 1968) e Vicenza (1968 a 1972).
Foi graças a esse último clube que o brasileiro se tornou um ídolo de Roberto Baggio. Nascido em 1967 em Caldogno (comuna que faz parte da província de Vicenza), o futuro craque italiano teve o privilégio de, em sua primeira ida a um estádio, ver Chinesinho jogar. E, de 1982 a 1985, o próprio Baggio defenderia o Vicenza.
Nascido em 1954, o meia argentino Ricardo Bochini fez toda a carreira no Independiente, entre 1972 e 1991. É o grande ídolo do clube de Avellaneda, pelo qual conquistou nada menos que cinco edições da Copa Libertadores. Também esteve no grupo da Argentina (embora não como titular) que conquistou a Copa do Mundo de 1986, no México.
Há quem diga que a sua presença naquele Mundial da FIFA se deveu, em parte, à admiração que o principal jogador da Albiceleste nutria por ele. Estamos falando, evidentemente, de Diego Maradona. Nascido em 1960, o pibe de oro fez questão de tabelar com Bochini nos poucos minutos em que o teve como companheiro de time.
Nascido em 1961, o meia uruguaio Enzo Francescoli foi profissional de 1980 a 1997. Por clubes, destacam-se as suas duas passagens pelo River Plate, onde foi campeão argentino cinco vezes e campeão da Copa Libertadores uma vez. Pela Celeste, destacam-se as suas três conquistas de Copa América.
Na França, el Príncipe jogou no Racing Paris (1986 a 1989) e no Olympique de Marseille (1989 a 1990). Foi então que ganhou a idolatria do marselhês Zinedine Zidane, nascido em 1972 — a tal ponto que este batizou seu primeiro filho, nascido em 1995, como Enzo. Em 1996, a Juventus de Zidane venceu o River Plate de Francescoli na Copa Intercontinental.
Nascido em 1979, o meia argentino Pablo Aimar começou como profissional em 1996, pelo River Plate, e encerrou a carreira em 2015, por esse mesmo clube (embora tenha atuado brevemente pelo Estudiante de Río Cuarto em 2018). Fez bastante sucesso no Millonario e também no Valencia (2001 a 2006) e no Benfica (2008 a 2013).
Um dos grandes fãs de sempre de el Payaso é Lionel Messi. Nascido em 1987, la Pulga sempre teve Aimar como referência. Juntos pela Argentina, estiveram na Copa do Mundo de 2006 (ambos como suplentes) e no título da Copa América de 2021 — Messi como capitão, Aimar como auxiliar técnico de Lionel Scaloni.
Como dito na introdução, os casos acima são de jogadores que se tornaram mais famosos que seus ídolos. Por esse motivo, deixamos de fora outros exemplos de grande respeito esportivo.
Um dos mais conhecidos é a admiração de Zlatan Ibrahimović (nascido em 1981) por Ronaldo (nascido em 1976). O sueco tinha fotos do brasileiro na parede do quarto e chegou mesmo a dizer que o considera o melhor jogador de todos os tempos.
Um caso mais recente diz respeito a Kylian Mbappé (nascido em 1998) e Cristiano Ronaldo (nascido em 1985). Embora tenha afirmado recentemente que Messi (seu companheiro de clube) é o melhor do mundo, o francês disse que era o português o seu herói na infância.
Das diferentes conclusões que podem ser tiradas de todos esses exemplos, a principal é que mesmo os futebolistas mais talentosos do mundo entendem a importância de ter uma ou mais pessoas que lhes sirvam de modelo e inspiração.
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