O GP do México em Fórmula 1 foi mais uma prova previsível, com Max Verstappen da Red Bull a vencer sem grandes problemas, com Lewis Hamilton a ficar em segundo e Sergio Pérez em terceiro.
A maior novidade terá sido, possivelmente, a superioridade da Mercedes em relação à Ferrari, com George Russell a ficar em quarto lugar, seguindo-se Carlos Sainz e Charles Leclerc, respetivamente, do time italiano.
A Mercedes bem tentou, mas a sua estratégia terá falhado ao fazerem uma corrida com uma só paragem, utilizando pneus médios e duros. Nem tudo foi mau, com Hamilton em segundo e Russell em quarto, claramente superiores aos Ferrari.
A Red Bull optou igualmente por apenas uma paragem, quando tudo parecia indicar que seria uma corrida para duas paragens, mas utilizou pneus macios e médios. A estratégia resultou e Verstappen segurou Hamilton e Pérez segurou Russell.
No final a prova foi pouco emocionante, valendo em grande parte pela enorme festa nas bancadas, com os torcedores mexicanos a demonstrarem como se faz uma grande festa mesmo com uma fraca corrida.
A Scuderia luta ainda pelo segundo lugar no Campeonato Mundial de Construtoras, com a Mercedes na perseguição. Se a Ferrari é favorita para aguentar o posto, vai precisar de fazer melhor nas duas corridas que faltam, GP do Brasil e GP de Abu Dhabi.
Sainz e Leclerc estiveram muito longe do seu melhor e nunca ameaçaram as posições dos quatro primeiros, reforçando a ideia de que o promissor início de temporada passou a uma grande desilusão.
Leclerc tem apenas menos cinco pontos que o piloto mexicano da Red Bull, na luta pelo segundo lugar, mas Checo está muito forte e continua a melhorar de final de semana para final de semana.
Entre Leclerc e Sainz estão os dois Mercedes, Russell e Hamilton respetivamente, mais uma prova do fraco final de época da Scuderia e da boa recuperação dos Silver Arrows, que a determinado ponto pareciam completamente afastados de qualquer briga com os rivais diretos.
A Ferrari (e a Fórmula 1) precisa de um final forte para ganhar motivação e balanço para 2023. Verdade que está um pouco melhor que há uns anos, mas ainda não tem tudo para lutar pelo título.
Leclerc tem cotação de 5.00 para ser campeão do mundo na próxima época e Sainz 19.00.
O piloto australiano da McLaren, Daniel Ricciardo, brilhou no México ao terminar em sétimo lugar, isso mesmo sofrendo uma penalização de 10 segundos por uma manobra arriscada sobre Yuki Tsunoda da AlphaTauri.
O japonês não gostou da agressividade de Ricciardo, que somou mais desagrados entre os pilotos depois de uma corrida muito viril. O australiano tem mostrado a sua qualidade, mas curiosamente ainda não tem um lugar na F1 para 2023.
Ele foi dizendo que não vai abandonar a modalidade, mas parece simplesmente direcionado para um posto de piloto de testes e de reserva em uma das equipes, com rumores a falarem da Mercedes.
A Alpine terminou o GP do México com apenas um carro, de Esteban Ocon que ficou em oitavo, depois de Fernando Alonso ter sido forçado a abandonar a corrida quando estava fazendo uma grande exibição.
O veterano espanhol parece ter feito uma boa escolha quando decidiu mudar para a Aston Martin em 2023.
A McLaren somou mais pontos com o nono lugar de Lando Norris e continua forte na luta pelo quarto lugar entre as construtoras, com apenas menos sete pontos que a Alpine. A fechar o top 10 ficou Valtteri Bottas da Alfa Romeo, que arrancou do sexto posto, mas aguentou o suficiente para somar um pontinho.
O triunfo de Verstappen no Autódromo Hermanos Rodríguez deu ao holandês o recorde de maior número de vitórias numa só época, 14, passando Sebastian Vettel e Michael Schumacher. Naturalmente, esse recorde pode ainda ser aumentado nas duas provas que faltam.
A Fórmula 1 segue agora para Interlagos, onde se vai disputar o GP do Brasil no dia 13 de novembro. A comitiva da F1 vai chegar a São Paulo já com pouca coisa para decidir, mas com os times a saberem que têm já a missão de preparar o ano de 2023.
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