Sem surpresas, a equipe austríaca dominou os três dias de testes, com a Ferrari mostrando grande força e aumentando as expectativas para o Campeonato Mundial que começa na próxima semana.
Faltando apenas sete dias para o 1º Grande Prêmio da temporada de Fórmula 1 de 2024, a Red Bull já está emergindo como favorita para manter os dois títulos em jogo.
Os atuais campeões demonstraram seu ritmo inabalável no circuito do Bahrein nos últimos três dias, em preparação para a corrida do próximo sábado.
Esses testes serviram para mostrar também que a Ferrari deu um passo na direção certa, quer em termos de gestão da degradação dos pneus, quer em velocidade, comparativamente com o ano passado. A equipe de Charles Leclerc e Carlos Sainz parece ser a que mais evoluiu e se aproximou dos Red Bulls.
Mercedes e McLaren também estiveram bem, e competitivos, mas a grande surpresa foi o ritmo da Racing Bulls (RB), com Daniel Ricciardo e Yuki Tsinoda conseguindo bons desempenhos e, fazendo prever, que se mantiverem o nível destes três dias, estarão lutando pelos pontos junto com os Alpines e a Aston Martin.
Antes de os carros irem para a pista, todos esperavam que os austríacos fossem os mais rápidos e confiáveis no asfalto, e essas expectativas foram confirmadas nos últimos dias e Max Verstappen parece estar perto de seu quarto título consecutivo de pilotos, mesmo antes da temporada começar.
Os Red Bulls tiveram um ótimo ritmo em uma volta, que os coloca como favoritos também para as sessões de qualificação. Além disso, também tiveram um ótimo desempenho nas corridas longas, nas quais quase não tiveram nenhuma degradação, um elemento muito importante para as corridas, e um passo à frente de um carro que já dominou por completo no último ano.
Eficiente e com pouco esforço, nessa mini pré-temporada, quase não vimos falhas de nenhum tipo. Mais uma prova de que a marca preparou de novo um carro muito confiável.
Com base no que vimos nesta pré-temporada, a segunda equipa da grid parece ser a Ferrari. Eles conseguiram ficar muito próximos da Red Bull tanto nas sessões longas quanto nas curtas e têm um ritmo bem mais alto do que em 2023.
Ambos os pilotos realizaram testes melhores do que no ano passado e esperam que esse progresso se confirme quando chegar a hora.
Desta vez, eles parecem ter menos degradação. Um problema que lhes deu muita dor de cabeça em 2023 e que foi um dos focos do time.
Por enquanto, eles parecem ser os segundos favoritos, à frente da Mercedes. Os Silver Arrows deram sinais de estar atrás dos italianos, mas, ao mesmo tempo, deram a sensação de não ter chegado ao máximo, podendo estar a esconder seu jogo até à primeira corrida.
De qualquer forma, seu desempenho foi melhor do que no início da última temporada e a evolução positiva do carro foi notória – ao contrário das duas versões anteriores, o W15 parece bom de guiar, e recebeu elogios de Lewis Hamilton e George Russell.
Já a McLaren foi bastante rápida em uma volta, mas foi a segunda equipe que menos completou voltas, com 328 no total dos três dias de atividade, e não foi possível ver assim tanto de seu desempenho. Teremos de esperar para saber seu nível real, mas vale lembrar que eles estavam batalhando por pódios no final da temporada, e seu objetivo é começar nesse nível para bater a Ferrari e a Mercedes no mundial de construtores.
A Aston Martin não teve qualquer problema de confiabilidade, mas Fernando Alonso foi cauteloso em sua análise do carro, lembrando que esse ano já não terão o fator surpresa como em 2023.
A RB rodou bem e de forma tranquila, mostrando que está pronta para lutar no pelotão intermediário.
Quanto à Alpine, está estreando um novo conceito de carro, e por isso os testes serviram mais para recolher opiniões dos pilotos e afinar os carros antes da corrida. No final Pierre Gasly confirmou que ainda não estão onde querem para a temporada em termos de desenvolvimento.
A Haas começou muito mal, e só no terceiro dia de testes andou ao ritmo das demais. Sinal de alerta para o time americano, especialmente porque seus rivais do fundo da tabela, Sauber e Williams, deram sinais um pouco mais positivos, ainda que a histórica fabricante inglesa tenha tido vários problemas com seus carros.
*As cotações citadas podem apresentar divergências, pois, ainda que corretas no momento da publicação do artigo, sofrem alterações em tempo real.