Está aí a fase de grupos da Copa Davis de tênis. A atual campeã Itália estreia contra o Brasil, na quarta-feira (11). As atenções também estão voltadas para a Espanha de Alcaraz.
A chegada de setembro no tênis coincide com o retorno da Copa Davis, um evento que vai para sua 112ª edição e conta com a participação de alguns dos melhores tenistas da atualidade.
A atual campeã Itália está no Grupo A, junto com Holanda, Bélgica e Brasil, mas chega à fase de grupos desfalcada do campeão do US Open – Jannik Sinner.
O Brasil, liderado pelo capitão Jaime Oncis, é estreante no novo formato da competição e vai ser representado por Thiago Monteiro, João Fonseca e Felipe Meligeni em simples, além de Rafael Matos e Marcelo Melo, nas duplas.
O quê: | Copa Davis 2024, fase de grupos |
Onde: | Grupo A – Unipol Arena (Bolonha, Itália) |
Quando: | 10 a 15 de setembro de 2024 |
Após as rodadas classificatórias, a Copa Davis chega à fase de grupos, que vai ser disputada em quatro localidades diferentes, e onde os países estão divididos em quatro grupos (A a D).
O formato da competição se mantém: as quatro equipes de cada grupo se enfrentam entre si, em duas partidas de simples e uma de duplas, todas disputadas em melhor de três sets e no mesmo dia.
Apenas os dois primeiros colocados de cada grupo avançam para a próxima fase - a Final 8, que terá lugar em Málaga entre os dias 19 e 24 de novembro.
Itália: Matteo Berrettini, Matteo Arnaldi, Flavio Cobolli, Andrea Vavassori, Simone Bolelli.
Holanda: Tallon Griekspoor, Botic van de Zandschulp, De Jong, Haase, Koolhof.
Bélgica: Zizou Bergs, De Loore, Gille, Vliegen.
Brasil: Thiago Monteiro, Felipe Meligeni, João Fonseca, Rafael Matos, Marcelo Melo.
Para a Itália, a Copa Davis de 2023 foi um conto de fadas feliz, pois 47 anos depois voltaram a conquistar o título, no torneio da consagração definitiva de Jannik Sinner.
Este ano, o capitão Filippo Volandri não pode contar com o número um do mundo, que está recuperando de uma lesão, nem com Lorenzo Musetti, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos. Mas tem outros nomes, como Berrettini e Arnaldi, que podem apoiar a equipe sem problemas.
Além disso, a Azzurra se classificou para as quartas de final três anos seguidos e chegou às semifinais nos dois últimos. Seu crescimento exponencial os coloca bem à frente do restante dos adversários do Grupo A.
A partir daí, é uma grande luta pelo segundo lugar, com a Holanda como a equipe mais bem colocada, tendo chegado à fase seguinte – e caído nas quartas de final - nas três edições anteriores da Copa Davis.
Pelo histórico, a Bélgica deve ser seu maior rival, mas esse lugar parece agora entregue ao Brasil, que, liderado por Monteiro, e com uma experiente dupla, tem chances de pontuar e brigar pela segunda vaga.
Espanha: Carlos Alcaraz, Marcel Granollers, Pablo Carreño, Roberto Bautista, Pedro Martínez.
Austrália: Alex de Miñaur, Jordan Thompson, Alexei Popyrin, Matthew Ebden, Max Purcell.
França: Ugo Humbert, Arthur Fils, Arthur Rinderknech, Pierre-Hugues Herbert, Edouard Roger-Vasselin.
República Checa: Jakub Mensik, Jiri Lehecka, Tomas Machac, Vit Korpiva, Adam Pavlasek.
O Pavelló Municipal Font de Sant Lluís, em Valência, sediará o Grupo B, provavelmente o mais difícil dos quatro. Naturalmente, todos os olhos estarão voltados para a Espanha, anfitriã da Final 8, e para Carlos Alcaraz, o único tenista do Top-10 mundial a disputar esta fase de grupos.
Mas o favoritismo está com a Austrália, segunda equipe mais bem-sucedida na competição, com 28 títulos e vice-campeã nas duas últimas edições, que chega liderada por Alex de Miñaur, e com muitos recursos em seu time de cinco jogadores.
A experiência e o know-how da Copa Davis sempre andam de mãos dadas com uma equipe da França que certamente estará resignada a perder na fase de grupos, mas pode dificultar a vida aos adversários. Les Bleus foram um dos grandes perdedores da mudança de sistema em 2019, tendo ficado de fora de todas as quatro finais desde então, após terem sido campeões em 2017 e vice-campeões em 2014 e 2018.
Por fim, a República Tcheca pode pagar caro pela inexperiência de seu elenco, que conta com quatro jogadores com menos de 25 anos e classificações baixas no ranking. No entanto, vale lembrar que, em 2023, eles lideraram seu grupo e chegaram à fase final.
Alemanha: Hanfmann, Marterer, Squire, Krawietz, Puertz.
Estados Unidos: Sebastian Korda, Giron, Nakashima, Ram, Krajicek.
Eslováquia: Klein, Kovalik, Molcan, Gombos, Zelenay.
Chile: Tabilo, Nicolas Jarry, Garín, Barrios Vera, Soto.
No Grupo C, o destaque são os Estados Unidos, a nação com mais títulos da Copa Davis - 32 para ser mais preciso, mas que não vence desde 2007 e, portanto, tentará quebrar esse jejum com um time.
A partir daí, o grupo se abre muito e dependerá dos resultados diretos entre as outras três equipes.
O talento individual dos chilenos é suficiente para eles sonharem com uma presença nas quartas de final, mas não podemos ignorar a experiência da Alemanha, que pode fazer a diferença, mesmo sem grandes nomes no grupo.
Por fim, há a Eslováquia, para quem já é um grande sucesso estar na fase de grupos, mas que tem em seu melhor jogador, Molcan, a chanche de marcar pontos.
Grã-Bretanha: Jack Draper, Cameron Norrie, Daniel Evans, Joel Salisbury, Neal Skupski.
Canadá: Félix Auger-Aliassime, Denis Shapovalov, Gabriel Diallo, Galarneau, Vasek Pospisil.
Finlândia: Virtanen, Vasa, Kaukovalta, Heliovaara, Niklas-Salminen.
Argentina: Sebastián Báez, Cerúndolo, Etcheverry, Molteni, González.
Os favoritos ao triunfo são claros: Canadá, campeões de 2022, e Grã-Bretanha, anfitriões do grupo.
O time canadense chega com uma equipe respeitável e muito parecida com a que venceu há duas edições atrás, enquanto a Grã-Bretanha aposta na experiência de seus jogadores e na boa forma do jovem Jack Draper, semifinalista do US Open 2024. Além disso, o time britânico conta com o apoio das bancadas, já que sua chave se disputa em Manchester.
No entanto, a equipe argentina quer devolver a Albiceleste às melhores posições no tênis mundial de seleções e tem talentos para isso.
Dada como azarão na disputa, a Finlândia não está sob pressão e pode surpreender como fez no ano passado, vencendo o Canadá nas quartas de final.
No Brasil, os jogos da equipe brasileira na fase de grupos da Copa Davis 2024 podem ser acompanhados ao vivo no canal DSports.
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