O piloto alemão conquistou quatro campeonatos mundiais consecutivos com a Red Bull, mas foi depois ofuscado por Lewis Hamilton e sofreu várias decepções com a Ferrari e a Aston Martin.
Sebastian Vettel pode ter tido uma carreira de altos e baixos, mas coisa é certa: estamos diante de um dos maiores talentos da história da Fórmula 1, um piloto capaz de vencer quatro campeonatos mundiais consecutivos, de 2010 a 2013, a bordo da Red Bull. Nada mal, especialmente se considerarmos que a fabricante austríaca nunca havia sido protagonista de grandes resultados antes da chegada do piloto alemão.
Depois seguiu-se um período marcado por muitas decepções que, no entanto, não apagam as façanhas de Vettel, cuja carreira terminou no final da temporada de 2022, após um período negro que começou em 2020 com um 13º lugar com a Ferrari, o pior resultado do alemão com a equipe vermelha de Maranello (naquele ano, apenas um terceiro lugar em Istambul). Depois, os dois últimos anos de sua carreira a bordo da Aston Martin, marcados por apenas um destaque: o segundo lugar no Grande Prêmio do Azerbaijão, em junho de 2021, atrás da Red Bull de Sergio Pérez.
Os últimos vestígios de sua carreira são decididamente difíceis, mas estamos falando de um homem que fez história: não apenas com os quatro campeonatos mundiais consecutivos, mas também batendo muitos recordes, como o número de vitórias consecutivas em Grand Prix (9) e em número de vitórias na história – recordes apenas batidos em 2023, por Max Verstappen.
A aventura de Sebastian Vettel na Fórmula 1 começou em 2006 com a BMW Sauber, inicialmente fazendo seu nome como piloto de testes.
Sua estreia nas pistas aconteceu um ano depois, no GP dos Estados Unidos, onde conquistou o oitavo lugar e seu primeiro ponto. Na mesma temporada, terminou em quarto lugar na China, no dia da estreia do outro piloto de ponta, Lewis Hamilton.
No ano seguinte, ainda pilotando para a Sauber, Vettel teve uma primeira parte da temporada muito complicada, marcada por seis abandonos (quatro dos quais consecutivos no início do Campeonato Mundial) e apenas um Grand Prix inesquecível, o de Monte Carlo, onde terminou em quinto lugar. O ponto de virada veio na reta final da temporada, com o alemão conseguindo pontuar nas últimas sete corridas e cravando sua primeira vitória da carreira, em Monza.
O crescimento da Red Bull está intrinsecamente ligado ao de Vettel: com o jovem piloto, a equipe austríaca conquistou sua primeira pole position e a primeira vitória de sua história (no Grande Prêmio da China de 2009). Esse foi um ano muito positivo, marcado por mais três vitórias (na Grã-Bretanha, Japão e Abu Dhabi) e um segundo lugar no campeonato de pilotos, prólogo do período repleto de sucessos que aí vinha.
Entre 2010 e 2013, a Red Bull foi o carro a ser batido, apesar de alguns erros iniciais na estratégia de boxes que afetaram o próprio Vettel e seu companheiro de equipe Mark Webber.
Para o alemão, uma conquista incrível: seu primeiro título mundial (2010), garantido na última corrida, no GP de Abu Dhabi. Vettel saiu da pole e venceu, mas o simultâneo sétimo lugar do ferrarista Fernando Alonso, significou que o espanhol foi ultrapassado na classificação por um triz (Vettel com 256 pontos, quatro mais do que Alonso).
Depois dessa façanha, o percurso de Vettel só melhorou nas temporadas seguintes para o alemão, como atestam os 11 Grandes Prêmios conquistados em 2011 e o recorde de nove vitórias consecutivas dois anos depois. Entre ambos, outro campeonato mundial conquistado por um triz às custas de Fernando Alonso, que, por sua vez, foi culpado por conseguir apenas três vitórias e muitos pódios "inúteis".
O último ano com a Red Bull (2014) foi bem fraco em comparação: nenhuma vitória e apenas o quinto lugar na geral.
Em 2015, Vettel se mudou para a Ferrari, mas não conseguiu chegar ao topo com o time de Maranello. O domínio era então de Lewis Hamilton, com o alemão ficando no segundo lugar da classificação final em 2017 e 2018.
Pior ainda foram os últimos dois anos com a Ferrari, marcados por apenas um sucesso em Singapura (em 2019) e muitos mal-entendidos. Em 2020, ele terminou a temporada em um decepcionante 13º lugar na classificação dos pilotos, com o terceiro lugar na Turquia sendo seu melhor resultado.
No ano seguinte, Vettel se mudou para a Aston Martin para encerrar a carreira e tentar ajuda no desenvolvimento da marca, mas as decepções continuaram até que o piloto anunciou que iria se aposentar no final da campanha de 2022.
Um final indigno para um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1.
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