A qualificação para o GP da Inglaterra foi emotiva e teve um trio inédito nas três melhores posições, George Russell e Lewis Hamilton da Mercedes e Lando Norris da McLaren. Os torcedores britânicos poderiam sonhar com uma pole de um dos pilotos da casa, mas nunca imaginariam um trio nacional com os três melhores tempos.
Russell, Hamilton e Norris foram alternando entre si na briga pela pole position em Silverstone, com Russell a ser o melhor no final da Q3. A chuva caiu durante a Q1 e prejudicou a qualy, mas com o tempo a pista foi secando e as condições foram melhorando bastante.
A Mercedes relembrou outros anos e dominou, mantendo sempre um ritmo muito forte, com Russell a liderar e Hamilton muito perto. Os Flechas Prateadas fecharam a primeira linha do grid e vão levar vantagem no arranque deste domingo. Norris ficou na terceira colocação com o seu McLaren e conseguiu o feito nunca alcançado de ter três pilotos ingleses nas três primeiras posições da grelha de partida no GP da Inglaterra.
A segunda linha ficou completa com o Red Bull de Max Verstappen. O campeão não conseguiu entrar na briga pela pole, em parte por danificar seu carro na Q1, numa ligeira saída de pista. Na quinta colocação ficou o outro McLaren, pilotado por Oscar Piastri, seguido por Nico Hulkenber da Haas. O piloto alemão continua fazendo ‘milagres’ e vai sair na frente do Ferrari de Carlos Sainz. Lance Stroll (Aston Martin), Alexander Albon (Williams) e Fernando Alonso (Aston Martin) completaram o top 10.
Os destaques pela negative são o Ferrari de Charles Leclerc, eliminado na Q2, que vai sair da 11.ª colocação e o despiste do Red Bull de Sergio Pérez, que sairá em 19.º, somente porque Pierre Gasly vai ser punido por trocar todos os componentes do motor e será o último.
A Q1 começou com a pista ainda molhada e os carros com pneus intermédios, mas o sol ia aparecendo e o asfalto secava mais rapidamente do que o esperado. Assim mesmo, alguns carros iam escapando de problemas maiores, mas não o Red Bull de Sergio Pérez. O mexicano acabou atolado na brita e abandonou logo na primeira fase da qualificação.
Os carros trocaram de pneus e enquanto esperavam que o Red Bull fosse retirado da pista, a chuva voltou. Verstappen quase deixava a Red Bull sem carros na qualificação, mas a sua fugida não foi tão má, conseguindo manter o motor ligado e regressando à pista. Depois de alguns problemas, o holandês conseguiu escapar ao corte e passou à Q2.
Os eliminados na primeira fase foram Valtteri Bottas, Kevin Magnussen, Esteban Ocon, Pérez e Pierre Gasly.
A chuva parou na Q2 e todos os carros estavam finalmente com pneus macios de forma definitiva. Entre as várias estratégias, a McLaren se ia destacando em especial com Norris, mas a Mercedes mostrava estar muito veloz, com Russell e, em especial, Hamilton a brigarem pelos lugares da frente.
As trocas na frente foram muitas, até Hulkenberg chegou a ser o primeiro no seu Haas. Quem não conseguia chegar na frente era o campeão da Red Bull, Verstappen. O holandês tinha o seu carro danificado pela saída na Q1 e entrou na última volta da Q2 fora dos lugares de acesso à Q3, mas acabou subindo no sexto lugar.
A surpresa chegou com a eliminação de Leclerc, que não conseguiu melhor do que o 11.º melhor tempo, mostrando que a Ferrari continua com problemas desde o último pacote de atualizações, lançado na Espanha. Sargeant, Tsunoda, Zhou e Ricciardo ficaram atrás do francês.
Na última fase da qualificação, Russell foi o último a entrar na pista, mas registrou logo o melhor tempo, com Norris em segundo, seguido de Hamilton, Piastri, Verstappen, Hulkenberg, Sainz, Stroll, Alonso e Albon.
No final, Verstappen não conseguiu melhor que a quarta colocação, ficando os três primeiros lugares na disputa pelos ingleses. Norris cometeu um erro e ficou fora da pole. Hamilton registrou o melhor tempo, mas foi batido logo a seguir por Russell que assim vai sair da primeira colocação.
Verstappen tem uma cotação de 3,00 para vencer o GP da Inglaterra, Norris tem 3,00, Russell, 4,33 e Hamilton 5,00.
*As cotações citadas podem apresentar divergências, pois, ainda que corretas no momento da publicação do artigo, sofrem alterações em tempo real.