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F1: Domínio absoluto da Red Bull na primeira metade da temporada

A Fórmula 1 chega na pausa de verão após 12 vitórias consecutivas da equipe austríaca, e com os dois títulos mundiais praticamente garantidos, mas que mais aconteceu e o que podemos esperar para a segunda metade do campeonato?

Max Verstappen lidera destacado a classificação geral de pilotos, enquanto Mercedes, Ferrari, Aston Martin e McLaren lutam entre si pelos lugares de topo, sem chegar nem perto do domínio da Red Bull, que tem mais do dobro dos pontos dos Silver Arrows, segundos colocados no Mundial de Construtores.

Com a sequência de 12 vitórias, a escuderia austríaca estabeleceu um novo recorde no esporte, batendo as 11 conquistas da McLaren em 1988, com Ayrton Senna e Alain Prost.

Verifique os resultados da Red Bull no Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2023:

Grand PrixMax VerstappenSergio Pérez
GP de Bahrein
GP de Arábia Saudita
GP de Austrália
GP de Azerbaijão
GP de Miami
GP de Mônaco16º
GP de Espanha
GP de Canadá
GP de Áustria
GP de Grã-Bretanha
GP de Hungria
GP de Bélgica

Max imparável

É difícil imaginar que alguém consiga travar Max Verstappen e sua corrida para conquistar o tri-campeonato, com o holandês entrando nas férias de verão após cravar a oitava vitória consecutiva na temporada e com 125 pontos de vantagem no Campeonato de Pilotos

Max tem estado em um nível claramente superior ao dos rivais durante toda a temporada e provou isso mais uma vez em Spa-Francorchamps. Mesmo largando do 6º lugar da grid devido a uma troca da caixa de engrenagem, ele venceu e com 22,3 segundos de distância para o segundo, seu companheiro de equipe Sergio Pérez.

Com 10 corridas ainda para disputar, as férias de verão oferecem uma chance para as restantes equipes e pilotos refletirem e planejarem como se aproximar de Verstappen e da Red Bull, quando a temporada recomeçar, na Holanda, no final de agosto.

Mercedes se recuperando

Depois de um início de temporada lento, a Mercedes implementou atualizações no W14 no Mônaco e a situação melhorou bastante com Lewis Hamilton registrando pódios na Espanha, Canadá e Grã-Bretanha, e cravando sua primeira pole position desde a Arábia Saudita em 2021, na Hungria.

Ele não conseguiu converter a pole em vitória em Hungaroring, ficando em quarto lugar, posição que repetiu na Bélgica, onde conquistou um ponto extra pela volta mais rápida.

Os bons resultados recentes, deixaram o heptacampeão mundial em quarto lugar no Campeonato de Pilotos, apenas um ponto atrás de Fernando Alonso, e 41 pontos atrás de Pérez.

Já George Russel ocupa a sexta posição com os mesmos 99 pontos de Charles Leclerc, mas com menos pódios do que o monegasco.

No entanto, nem tudo é positivo na Mercedes, já que a última atualização, na Bélgica, viu o retorno dos temidos quiques que afetaram os Silver Arrows na última temporada, algo em que o time terá de trabalhar durante esta pausa.

O ressurgimento da Mclaren

Tendo terminado quatro das sete primeiras corridas em 17º, Lando Norris se destacou recentemente. Desde a Áustria, o britânico tem disputado regularmente o pódio, com o MCL60 se mostrando competitivo em todos os tipos de circuitos após as atualizações.

O piloto de 23 anos ficou em quarto lugar na Áustria, antes de terminar como vice-campeão nos Grandes Prêmios da Grã-Bretanha, onde quase conseguia a pole, e da Hungria.

Norris vai para as férias de verão em oitavo, 23 pontos atrás de Sainz em sétimo, mas com a promessa de corridas mais fortes pela frente.

Seu colega Oscar Piastri também tem impressionado desde as atualizações, conseguindo um quarto e quinto lugares sucessivos antes de ficar em segundo no sprint belga. Uma excelente primeira temporada para o rookie.

Altos e baixos de Aston Martin e Ferrari

Ninguém esperava que a Aston Martin e Fernando Alonso fossem a surpresa da temporada, mas com seis pódios em 12 corridas e no terceiro posto da tabela quer em pilotos, quer em construtores, é preciso dar crédito ao time de Silverstone.

O veterano mostrou continuar um piloto competitivo, e o carro teve um excelente desempenho nas primeiras corridas. No entanto, as atualizações não funcionaram e o ritmo do carro caiu, permitindo a aproximação da Mercedes, Ferrari e McLaren, melhorarem seu ritmo. Assim, há muita curiosidade para ver o que a Aston consegue fazer após a pausa.

Já a Ferrari vem melhorando lentamente, mas está longe da competitividade do último ano, após alterar o perfil aerodinâmico do SF-23 e, além disso, continua lutando para entender e superar a degradação dos pneus.

Charles Leclerc e Carlos Sainz ocupam a 5ª e 7ª posições da tabela de pilotos respetivamente, separados por apenas sete pontos, e embora a temporada do espanhol seja mais regular, o monegasco conseguiu os três pódios da equipe nesta temporada.

Um novo começo para AlphaTauri e Alpine

A demissão de Nyck DeVries e a chegada de Daniel Ricciardo à AlphaTauri não solucionou os problemas do carro, mas deu um novo alento ao time e na última corrida, Yuki Tsunoda conquistou mais um ponto para o time. Será interessante ver o que os dois pilotos vão conseguir tirar do carro na segunda metade da temporada e se conseguem sair da lanterna do campeonato de construtores.

Outra equipe buscando recuperação é a Alpine.

A primeira metade da temporada não correu como planejado e resultou nas recentes saídas do chefe da equipe Otmar Szafnauer, do diretor esportivo Alan Pérmane e Pat Fry, executivo-técnico, semanas depois do CEO, Laurent Rossi, ter sido substituído por Phillipe Krief.

No sexto lugar na classificação de construtores, 46 pontos atrás da McLaren, a Alpine conseguiu resultados positivos apenas no Mônaco, com o terceiro lugar de Esteban Ocon, e no Sprint da Bélgica, onde Pierre Gasly conseguiu a mesma posição, mas no resto da temporada os dois pilotos ficaram sempre na sétima posição ou pior.

Com uma reestruturação tão alargada, será que a Alpine vai conseguir se reerguer na segunda metade da temporada e lutar pelo quarto lugar como desejava no início?

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