O C43 será apresentado na terça-feira e será o carro da Alfa Romeo para a temporada 2023 da Fórmula 1.
O novo carro será lançado em um evento em Zurique e a equipe suíça espera conseguir continuar os bons resultados do ano passado, quando conseguiu 55 pontos na geral e cravou o sexto lugar no campeonato de construtores, o que significa uma subida de três posições na tabela em relação ao ano anterior.
Valtteri Bottas entrou bem no time para ocupar o papel de líder, apoiado pelo novato Zhou Guanyu que deverá estar mais seguro esta temporada, e os dois pilotos repetem a dupla em 2023, mas há mudanças no topo do Grupo Sauber – a empresa que administra a equipe Alfa Romeo F1.
Em dezembro, o CEO da Sauber Frédéric Vasseur saiu para assumir a função de chefe de equipe na Ferrari, e rapidamente a Sauber nomeou Andreas Seidl, como seu novo diretor executivo.
O alemão chega da McLaren para preparar o futuro e comandar o processo de transição. Isto porque já é sabido que este será o último ano do envolvimento da Alfa Romeo com a Sauber na Fórmula 1, que vai se transformar na equipe de fábrica da Audi em 2026.
Por essa razão, ficou acordado de que Seidl não iria marcar presença em nenhuma corrida da temporada de 2023 e seria apontado um “representante da equipe”.
Na semana passada foi anunciado então que o diretor-geral do Grupo Sauber, Alessandro Alunni Bravi, irá assim representar a Alfa Romeo na campanha de 2023 da F1, em todas as funções oficiais nos fins de semana de corrida, tanto dentro quanto fora das pistas.
O novo chefe de equipe afirmou ter plena consciência do trabalho que tem pela frente e dos desafios que virão.
“Encaro essa tarefa com humildade, sabendo que sou parte de uma equipe forte e que vai trabalhar, convicto de que temos tudo o que é necessário para ter sucesso no futuro”, concluiu.
Se o projeto da Sauber parece claro, o futuro da Alfa Romeo na Fórmula 1 continua por definir.
Após cravar seu melhor resultado geral (6º) desde o regresso à F1, a Alfa Romeo mostrou poder fazer melhor, mas embora tenham desfrutado da melhor forma que a equipe teve em anos, eles caíram a pique, marcando apenas quatro pontos no total nas últimas 11 rodadas do ano, e segurando o sexto lugar do campeonato apenas graças ao seu bom começo.
Para fazer melhor em 2023, será fundamental acelerar as atualizações, como explica o chefe de engenharia de pista da Alfa Romeo, Xevi Pujolar.
Em declarações à revista inglesa Autosport, ele explicou que a equipe não conseguiu acompanhar o ritmo de produção de peças dos rivais, e impactando negativamente seus resultados na segunda metade da temporada.
“Com certeza, nosso objetivo para a próxima temporada é tentar trazer ou acelerar esse lado para estarmos mais alinhados na competição. Se for possível ter esses pacotes mais cedo, sem dúvida vamos nos beneficiar de mais corridas, e isso será melhor na briga pelo campeonato”, acrescentou o espanhol.
Rumo à nova temporada, eles têm também de solucionar os problemas de confiabilidade do carro, para evitar não só os abandonos, mas também as múltiplas horas perdidas corrigindo problemas durante o tempo das sessões de treinos.
Outra situação que terá de ser analisada e solucionada é o péssimo desempenho da equipe nas largadas das corridas.
Positivo, é o fato da dupla de pilotos ser a mesma, aliando experiência e juventude, e sem necessitar criar uma nova dinâmica.
Verifique seus números de carreira:
Valtteri Bottas: 10 vitórias em Grand Prix, 67 pódios, 1787 pontos, 200 largadas em Grand Prix
Zhou Guanyu: 6 pontos, melhor finalização - oitava posição, 22 largadas em Grand Prix
Conscientes de suas fraquezas e com uma dupla de pilotos desejosa de melhores resultados, a equipe técnica da Alfa Romeo deveria conseguir melhorar este ano e evoluir no desenvolvimento do carro para brigar pelos lugares do meio da tabela. Mas será que as alterações estruturais e o anunciado fim da parceria com a Sauber vão desestabilizar o time?