Há oito anos, a Fórmula 1 assistia ao mais jovem vencedor de um Grande Prêmio da história: Max Verstappen.
O jovem holandês subiu rapidamente das categorias de base até à F1, estreando na categoria rainha, em 2015, pela Toro Rosso. Tinha então apenas 17 anos, cravando assim o primeiro de muitos recordes da sua carreira – mais jovem piloto de sempre na história da F1.
Na temporada seguinte, ele foi promovido para a equipe principal, substituindo Daniil Kvyat, na Red Bull. O russo vinha tendo maus resultados, e após apenas quatro corridas, o time austríaco optou pela troca de pilotos para o GP da Espanha.
O risco não podia ter corrido melhor, pois a 15 de maio de 2016, então com 18 anos, Max conquistou a primeira vitória da sua carreira.
Em uma época dominada pela Mercedes e pela rivalidade entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, Verstappen conseguiu gravar seu nome no rol de honra do esporte e dar início a uma história de sucesso que continua até hoje.
Em sua estreia na Red Bull, Verstappen não só chegou ao Q3 como garantiu o quarto melhor tempo para largar da segunda fila em Barcelona, ao lado de seu colega de equipe Daniel Ricciardo.
A pole position ficou para Lewis Hamilton, seguido de Rosberg, que tinha vencido as primeiras quatro etapas do ano.
Na largada da corrida, o alemão passou para a frente, mas pouco metros depois, na curva 4, os dois pilotos da Mercedes chocaram feio, e ficaram ambos fora da corrida.
Os dois Red Bulls aproveitaram o erro dos adversários para pular para a frente e abrir vantagem após a saída do safety car (quarta volta), com Daniel Ricciardo na liderança e Max na segunda colocação, seguidos de Carlos Sainz.
Na oitava volta, o espanhol foi superado por Sebastian Vettel e duas voltas depois por Kimi Räikkönen, ambas as Ferraris brigando para chegar nas Red Bulls.
Com as pit-stops, e diferentes estratégias para cada piloto das duas equipes, não houve momentos relaxados nessa corrida entre os quatro primeiros.
Na 43ª volta, Ricciardo teve de fazer nova troca de pneus e o adolescente assumiu a ponta. A partir daí, e até o final, Max esteve sobre pressão implacável do experiente Iceman, que durante a maioria do tempo se manteve a menos de um segundo, mas o adolescente fez uma pilotagem madura e controlada para segurar a liderança até o final da prova.
Ricciardo e Vettel seguiam em luta acirrada pelo último lugar do pódio, mas o pneu traseiro esquerdo do australiano furou a uma volta do fim, por conta da exigência nas múltiplas tentativas de ultrapassagem. Ainda assim, o australiano conseguiu ir ao box e sair a tempo de manter o quarto lugar, seguido por Valtteri Bottas (Williams), Carlos Sainz (Toro Rosso), Sergio Pérez (Force India), Felipe Massa (Williams), Jenson Button (McLaren) e Daniil Kvyat (Toro Rosso) no Top 10.
Ao ver a bandeira quadriculada na frente dos adversários, com 18 anos e sete meses, o holandês se tornou o piloto mais jovem a vencer um Grand Prix, superando em dois anos e 137 dias o recorde de Sebastian Vettel estabelecido no Grande Prêmio da Itália de 2008.
Essa foi a primeira vez que o mundo prestou realmente atenção em Max Verstappen, mas o jovem subiu ao pódio seis vezes mais nesse ano, sendo segundo em Spielberg, na Áustria, Silverstone, Kuala Lumpur, na Malásia e Suzuka, no Japão, e terceiro em Hockenheim, na Alemanha, e no Brasil, no autódromo de Interlagos.
O resto é história. O holandês venceu os três últimos campeonatos mundiais de F1 com a Red Bull, batendo recordes constantes, e lidera a classificação desta temporada, com quatro vitórias em seis etapas.