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alan shearer - eurocopa 1996 - inglaterra

Enquanto esperamos por junho, revemos algumas das histórias mais marcantes da competição continental, como o pesadelo dos pênaltis para a Inglaterra em 1996.

Como anfitriã, a Inglaterra fez uma campanha que se pode descrever como uma montanha-russa, indo dos problemas da preparação, para a euforia do torneio e o desgosto da semifinal.

O otimismo era grande para a Inglaterra que, sob a direção de Terry Venables, sediava um grande torneio internacional pela primeira vez em 30 anos, com jogadores como Paul Gascoigne e Stuart Pearce prontos para conquistar os corações da nação.

Da habilidade de Alan Shearer em marcar gols à genialidade de Paul Gascoigne e a uma das melhores atuações da Inglaterra de sempre, a Eurocopa 1996 teve de tudo, mas o momento decisivo foi o pênalti falhado que fez com que os anfitriões caíssem na semifinal.

Os problemas começaram na preparação, quando em viagem a Hong Kong, os jogadores beberam mais do que o que deviam após a vitória com a China e no avião de regresso, causando até danos.

Os tabloides britânicos não perdoaram, fazendo manchetes com imagens fotográficas da “festa”, o que aumentou o desagrado do público inglês e da FA, que considerou até excluir alguns jogadores da escalação final. Valeu Terry Venables saindo em apoio a seus jogadores.

A redenção de Shearer e Gascoigne

Sorteada em um grupo acessível, com a Holanda, a Escócia e a Suíça, a estreia da Inglaterra foi um fracasso.

Alan Shearer, que estava há 12 partidas sem marcar, justificou a confiança de Venables e colocou a Inglaterra na frente no primeiro tempo, mas o time se desleixou e permitiu o empate da Suíça, de pênalti, no final do jogo.

Ao entrar no 2º jogo, contra a Escócia, a Inglaterra estava sob uma pressão incrível e apesar de estar bem melhor nos primeiros 45 minutos, não conseguiu passar pela sólida defesa escocesa, comandada por Colin Hendry.

Venables reconheceu os problemas e mudou a formação da equipe ao intervalo, colocando um homem a mais no meio-campo, e optando por um trio de zagueiros na defesa. 

Uma jogada ousada de Venables, que deu frutos quando o cruzamento de Neville encontrou Shearer, que marcou oito minutos após o reinício do jogo.

No entanto, a Escócia se animou, o que levou a uma exibição incrível do goleiro inglês David Seaman, que inclusive defendeu um pênalti. 

Pouco depois, Gascoigne assegurou a vitória da Inglaterra com um golaço, se redimindo perante os tabloides e os torcedores.

paul gascoigne - eurocopa 1996 - inglaterra

Euforia contra a Holanda e a Espanha

Quase não houve tempo para celebrar, pois o time recebia a Holanda três dias depois e a memória dos três gols de Marco van Basten, que eliminaram a Inglaterra em 1988 na fase de grupos, além da derrota nas eliminatórias para a Copa do Mundo no último encontro entre as duas nações, vieram ao de cima.

A Inglaterra nunca havia vencido a Holanda em uma partida competitiva e precisava de apenas um ponto para avançar à fase seguinte, após três eliminações consecutivas na fase de grupos do Campeonato Europeu.

Perante um time que contava com nomes como Ronald de Boer, Clarence Seedorf e Dennis Bergkamp, a Inglaterra teve uma das melhores atuações da sua história em um Wembley lotado.

Shearer marcou pela terceira partida consecutiva, dando à Inglaterra vantagem no intervalo. No segundo tempo, o atacante do Tottenham Teddy Sheringham aumentou a contagem, seis minutos depois assistiu para o quarto gol de Shearer no torneio, e ainda fez seu segundo e quarto da Inglaterra, tudo no espaço de 11 minutos.

Patrick Kluivert ainda fez o 4 a 1 e a Holanda acabou por sobreviver às custas dos escoceses, graças ao saldo de gols no grupo.

Quanto à Inglaterra, passou para as quartas de final, onde enfrentou a Espanha em um jogo tão cauteloso, que o marcador continuou zerado após o tempo regulamentar e a prorrogação.

A Inglaterra enfrentava uma disputa de pênaltis pela segunda vez no torneio, e queria apagar a memória da derrota contra a Alemanha Ocidental, nas semifinais do Mundial de 1990.

Um dos jogadores que tinha falhado nesse dia tinha sido Stuart Pearce, que teve sua redenção em Wembley. Quando Seaman defendeu a cobrança de Miguel Angel Nadal, a Inglaterra garantiu sua vaga nas semifinais contra os velhos rivais da Alemanha.

Uma semifinal épica

david seaman - Euros 1996 - England

Mais de 75 mil torcedores entoaram o hino britânico em Wembley e a euforia ainda não havia cessado, quando Shearer abriu o placar para a Inglaterra aos três minutos de jogo. Porém, Stefan Kuntz empatou para a equipe de Berti Vogts pouco depois, em um início de partida de tirar o fôlego.

Os dois times estavam dando tudo, mas o jogo foi para a prorrogação, onde assistimos a um futebol incrível de ambos, com várias chances de perigo, tentando marcar para tirar vantagem da regra do Gol de Ouro, que estava sendo aplicada pela 1ª vez na Eurocopa.

Após 120 minutos, o jogo continuava empatado e a tensão era inacreditável. Os 10 primeiros pênaltis foram todos de sucesso, e a disputa passou para a morte súbita. Gareth Southgate foi à frente para cobrar o sexto pênalti da Inglaterra e chutou fraco, para defesa confortável de Kopke.

No momento decisivo, Andreas Moller marcou o gol da vitória da Alemanha, pondo fim ao sonho inglês.

A Alemanha venceu a República Tcheca para levantar o troféu, mas foi essa semifinal que pareceu ser a verdadeira final do torneio.

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