O dérbi de Manchester tornou-se mais interessante à medida que o City assumiu o protagonismo que antes era do United.
[Traduzido e adaptado de «Man Utd v Man City: Greatest ever Manchester derbies».]
No histórico dos confrontos entre Manchester City e Manchester United viram-se 59 vitórias dos de azul, 53 empates e 78 vitórias dos de vermelho. Mas quem mais vem tendo motivos para comemorar ultimamente são os Cityzens, vencedores de cinco das últimas seis edições da Premier League.
Era palpável a expectativa para este dérbi. O United havia vencido os três Campeonatos Ingleses anteriores, mas o poder aquisitivo do City começava a se fazer notar com a contratação de atletas como Emmanuel Adebayor, Joleon Lescott e Carlos Tévez.
O que se viu no Old Trafford correspondeu às expectativas. Por três vezes os anfitriões estiveram na frente (Wayne Rooney, Darren Fletcher e de novo Fletcher) mas em seguida sofreram o empate (Gareth Barry, Craig Bellamy e de novo Bellamy). Nos acréscimos, Michael Owen marcou o quarto dos Red Devils (que terminariam em segundo lugar na liga).
À primeira vista, este 1 x 0 a favor do City pode parecer pouco significativo. Tudo muda quando se lembra que naquele dia o United foi rebaixado da First Division e que o autor do único gol do encontro foi um dos maiores jogadores da história do clube.
O jogador de que estamos falando foi o centroavante escocês Denis Law, que representou os Red Devils por mais de uma década. Naquele momento ele se sentiu triste ao pensar que o gol foi determinante para o rebaixamento de sua ex-equipe; mas, no fim, isso ocorreria de qualquer maneira (devido à vitória do Birmingham sobre o Norwich).
Quem foi ao Old Trafford naquele dia viu talvez o mais belo gol da história do dérbi de Manchester: uma bicicleta sensacional de Wayne Rooney, aos 78 minutos. Esse foi o segundo tento no triunfo do United pela 27.ª rodada da Premier League.
O primeiro gol dos anfitriões fora marcado por Nani, aos 41; o empate dos visitantes viera com David Silva, aos 65. Comandado desde setembro de 2009 por Roberto Mancini, os Cityzens estavam em evolução; mas isso mostrou-se insuficiente para impedir que, pela liga, os de Alex Ferguson alcançassem contra eles 27 partidas de invencibilidade em casa.
Eis o jogo em que o Manchester City se afirmou como um peso-pesado da Premier League. Após esta goleada sofrida em casa pela nona rodada, o próprio Ferguson disse que esse foi o seu «pior dia em todos os tempos» como treinador dos Red Devils.
Foi então que Mario Balotelli exibiu sua camisa «Why Always Me?» («Por que Sempre Eu?»), após marcar o primeiro gol, aos 22 minutos. O segundo, aos 60, também foi dele; o terceiro, aos 69, de Sergio Agüero; o quarto e o sexto, aos 89 e aos 90 + 3, de Edin Dzeko; o quinto, aos 90 + 1, de David Silva. Darren Fletcher, aos 81, marcou para o United.
No início deste século, o estatuto do City era muito diferente do que é hoje. 2002–03 marcou o seu retorno à elite após uma temporada na First Division. E, pela nona rodada da Premier League, os de azul receberiam em Maine Road o sempre forte United.
A última vitória dos Cityzens sobre seus arquirrivais fora em 1989. Mas a equipe treinada por Kevin Keegan parecia alheia a esse retrospecto quando Nicolas Anelka a pôs em vantagem, aos 5 minutos. Ole Gunnar Solskjaer empatou aos 8, mas Shaun Goater marcou o segundo e o terceiro tentos dos anfitriões aos 26 e aos 50.
Este dérbi é lembrado sobretudo pela infame entrada de Roy Keane, do United, sobre Alf-Inge Haaland. O noruguês encerraria a carreira dois anos depois, em parte por causa desse ato de retaliação por ter acusado o irlandês de simular falta quatro anos antes.
Àquela altura já estávamos no 86.º minuto, e ambos os gols do encontro já haviam sido anotados. Pelos Red Devils, Teddy Sheringham marcou de pênalti aos 71; pelos Cityzens, Steve Howey marcou aos 84. Mas, como veremos na partida recordada a seguir, o sobrenome Haaland daria muito que falar nesse clássico duas décadas depois.
Este dérbi de Manchester realizado no estádio Etihad foi o primeiro tanto para o treinador do United, Erik ten Hag, quanto para o principal atacante do City, Erling Haaland. E o filho de Al-Inge fez a diferença a favor da equipe treinada por Pep Guardiola.
Metade dos gols dos Cityzens saiu de um dos pés ou da cabeça do noruguês. A outra metade foi anotada por Phil Foden. Após o intervalo, quando o placar já era de 4 x 0, Antony marcou um belo gol para os Red Devils. No fim, quando os anfitriões já haviam conseguido os seus seis tentos, Anthony Martial marcou duas vezes.
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