Quando se trata de motovelocidade, há dois grandes campeonatos mundiais: o MotoGP, o mais famoso, e o Superbike, ainda um grande desconhecido ou uma espécie de opção B no esporte para muitos, mas que vem crescendo e ganhando fãs a cada dia.
Em seguida, explicamos as semelhanças e, acima de tudo, as diferenças entre esses dois setores e campeonatos do Motovelocidade.
A MotoGP é a classe principal do Campeonato Mundial de Motovelocidade, embora o campeonato seja popularmente conhecido por esse apelido.
Ele é composto pelas categorias Moto3, Moto2, MotoE e MotoGP, que diferem apenas em termos do tamanho do motor de suas motocicletas, mas sempre trabalhando com protótipos.
Essa competição é realizada desde 1949 e nela tivemos os pilotos mais bem-sucedidos e notáveis da história da Motovelocidade, como Giacomo Agostini, Valentino Rossi, Ángel Nieto ou Marc Márquez, esse último ainda em atividade.
O Mundial de Superbike – também conhecido como World Championship Superbike, WorldSBK ou WSBK - é também um campeonato de corrida de motocicletas em pista. Foi criado muito mais tarde do que o MotoGP - em 1988, e, em geral, é bastante desconhecido, exceto na Itália e no Reino Unido, onde sua popularidade é muito alta.
Hoje está organizado nas categorias WorldSBK (1000 cc), WorldSSP (600 cc) e World SSP300 (321 a 400 cc), usando sempre motos de produção, como, por exemplo, Honda Fireblade, Ducati Panigale V4, Kawasaki ZX-6R, Kawasaki Ninja 400 e Yamaha R3.
Os ingleses Jonathan Rea e Carl Fogarty são as maiores lendas dessa categoria, que conta também com competições locais como o Superbike Brasil.
O MotoGP e o WSBK têm algumas semelhanças, pois ambos são campeonatos mundiais de motocicletas de pista e têm sistemas de pontuação muito parecidos, com 25 pontos para o vencedor da corrida e a soma caindo para o ponto concedido ao décimo quinto colocado.
No entanto, são mais as diferenças. Uma das principais é que nas Superbikes há duas corridas em cada rodada (equivalente ao Grand Prix na MotoGP) em sua classe principal. Isso torna a batalha ainda mais acirrada e emocionante, com uma grande quantidade de pontos a serem concedidos. Algo que a MotoGP copiou de certa forma com a inclusão das corridas de sprint.
Por outro lado, as motos não são as mesmas, longe disso.
As motos de MotoGP são protótipos construídos e desenvolvidos exclusivamente para as corridas em pista, com motores potentes e chassis leves para o melhor desempenho possível.
Por sua vez, as Superbikes são motocicletas de produção, para o público geral, e para serem usadas na rua, estando disponíveis para compra em lojas. Claro que antes de chegar nas pistas do WSBK elas são adaptadas e convertidas em máquinas de corrida, com alterações técnicas nos freios, retrovisores, escapamentos, etc., para melhorar o desempenho e aumentar a segurança dos pilotos.
Tudo isso torna o chassi mais pesado e maior, o que significa que sua velocidade é menor – cerca de 10% abaixo da MotoGP.
Obviamente o preço é bem distinto, sendo que o valor de uma MotoGP ronda os R$ 15 milhões – isso pelo equipamento apenas, sem contar todo o investimento em seu desenvolvimento, enquanto as SBK andam na casa dos R$ 200 mil quando saem da concessionária, ainda que com as modificações para a pista do SuperBike, esse valor pode chegar a R$ 1 milhão.
Por fim, há uma diferença no calendário dos dois mundiais. Enquanto nas Superbikes é normal realizar um pouco mais de 10 rodadas em uma temporada, na MotoGP o calendário tem geralmente 20 ou mais finais de semana.
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