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Copa América: relembrando único título da era Tite

Pressionado pelo fracasso em edições passadas dessa competição, o Brasil sediou a Copa América em 2019 na busca de um título sem contar com sua principal estrela na época

Sucesso em meio a ausência significativa

Realizando a competição em solo brasileiro e apenas um ano após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo, quando saiu para a Bélgica de Eden Hazard e Kevin De Bruyne, o Brasil já encarava uma enorme pressão.

Se o desafio por si só já não fosse dos mais delicados, Tite teria de comandar a Seleção Brasileira ao sucesso sem a presença de, Neymar, que lidava com uma lesão no pé e não poderia participar do torneio.

Sem Neymar, o grupo como um todo teve de elevar o seu nível e talvez o maior beneficiário de sua ausência tenha sido justamente o atleta que pegou sua vaga na equipe titular, o ponta Everton Cebolinha, artilheiro do torneio com três gols, mesma marca de Paolo Guerrero.

Cada um dos quatro jogadores titulares no setor ofensivo do 4-2-3-1 de Tite foram responsáveis por múltiplos gols na competição, com Gabriel Jesus, Roberto Firmino, Everton Cebolinha e Phillipe Coutinho combinando para 9 dos 13 gols do Brasil na Copa América.

Título interrompeu seca brasileira

Antes da competição em 2019, o Brasil encarava um de seus piores períodos na Copa América em décadas. Por três edições seguidas (2011, 2015 e 2016) a Seleção Canarinho sequer chegou na semifinal, muito menos em uma decisão.

Em 2011 e 2015 o Brasil acabou caindo precocemente nas quartas de final, superado pelo Paraguai nas penalidades máximas em ambas as ocasiões.

Já na edição Centenário o desempenho foi ainda pior, com a Seleção Brasileira eliminada na primeira fase em um grupo que também tinha Peru, Equador e Haiti.

Superação nas quartas de final

Novamente disputando a mesma chave do Peru em 2019, o Brasil levou a melhor diante da Seleção Peruana na fase de grupos por 5-0. Líder do seu grupo, o Brasil somou sete pontos também derrotando a Bolívia e ficando no empate com a Venezuela.

O primeiro duelo eliminatório trouxe de volta um oponente conhecido, o Paraguai, que mais uma vez deu bastante trabalho.

Mesmo atuando boa parte do segundo tempo com um homem a menos, a Seleção Paraguaia segurou o empate sem gols e levou a decisão do confronto para as penalidades máximas. Contudo, desta vez a Seleção Brasileira foi quem avançou.

Na semifinal veio o mais aguardado duelo de qualquer edição da Copa América, o confronto entre Brasil e Argentina. Em um embate equilibrado no Mineirão, os donos da casa saíram vencedores com gols de Gabriel Jesus e Roberto Firmino.

Apesar do placar de 2-0, o Brasil teve sua dose de sustos neste jogo, cedendo mais do que o triplo de finalizações para a Argentina do que as quatro suas.

A final trouxe um reencontro com o Peru que disputava sua primeira decisão desde o título de 1975. A equipe liderada pelo técnico Ricardo Gareca acabou não sendo párea para o Brasil, que confirmou seu favoritismo em triunfo por 3-1.

Naquele que viria a ser o duelo dos dois artilheiros da competição, tanto Everton Cebolinha quanto Paolo Guerrero balançaram as redes, os outros dois gols do Brasil vindo de Gabriel Jesus e Richarlison.

Esta foi a nona conquista a Copa América para o Brasil. Após o triunfo de 2021, a Argentina se igualou aos 15 troféus do Uruguai, sendo os únicos dois países com mais títulos desta competição do que a Seleção Brasileira.

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