A mais de uma década o Uruguai ampliava sua liderança no ranking de conquistas da Copa América chegando ao 15º título
Atualmente a Seleção Uruguaia segue com grandes nomes nas principais equipes do futebol mundial tais como Darwin Núñez do Liverpool e Federico Valverde do Real Madrid.
Contudo, em certos aspectos não se pode comparar a seleção atual com aquela que encontrou tremendo sucesso com Óscar Tabárez, especialmente entre 2010 e 2011.
Talvez o principal desses pontos seja a qualidade extra-classe no setor ofensivo, se tratando de um país que compartilhou atacantes como Luis Suárez, Edinson Cavani e Diego Forlán, todos na mesma geração.
A Seleção Uruguaia desembarcou na Argentina em 2011 como o país sul-americano de melhor desempenho na Copa do Mundo disputada um ano antes, chegando à semifinal, quando caiu para a Holanda.
Este desempenho recente gerava muita confiança em um plantel que buscava o primeiro título do país nesta competição no Século XXI, tendo levantado a taça da Copa América pela última vez em 1995.
Este período de seca já igualava o maior da história do país, que também havia ficado sem o título da Copa América entre 1967 e 1983.
Diferentemente da edição de 2024, naquela ocasião a Copa América tinha apenas 12 seleções, contando com os 10 membros da Conmebol além de México e Costa Rica participando como seleções convidadas.
Os 12 países foram divididos em três grupos de quatro, classificando os dois primeiros e dois dos melhores terceiros colocados.
A chave da Seleção Uruguaia também possuía Chile, Peru e México, brigando para ser o grupo mais equilibrado da competição.
O início uruguaio certamente não dava amostra do que estava por vir, considerando que a equipe de Óscar Tabárez passou sem vencer suas duas primeiras partidas na competição, chegando na última rodada com apenas dois pontos.
Marcando um gol em cada jogo, o Uruguai ficou no empate diante de Peru e Chile, assim entrando na rodada final da fase de grupos com risco de eliminação caso fosse derrotado para o México. Contudo, Álvaro Pereira deu a vitória à Celeste.
A classificação veio, mas aqueles empates no início da competição também tiveram seu preço. O Uruguai teve de encontrar a seleção anfitriã em duelo precoce nas quartas de final. Uruguai e Argentina duelaram por uma vaga na semifinal e uma cobrança de pênalti acabou sendo a diferença.
As duas seleções campeãs mundiais ficaram no empate por 1-1 durante o tempo regulamentar e prorrogação, assim decidindo o embate nos pênaltis. Nove dos 10 cobradores converteram suas batidas, mas o erro de Carlos Tévez foi o suficiente para dar o Uruguai a vaga. Esta viria a ser a primeira de três edições seguidas da Copa América, com a Argentina caindo nos pênaltis.
Na semifinal o destaque ficou para Luis Suárez marcando ambos os gols do Uruguai em triunfo por 2-0 contra o Peru, que havia liderado seu grupo na primeira fase.
Na decisão do torneio, o Uruguai confirmou seu favoritismo diante do Paraguai com um estrondoso 3-0. Diego Forlán duas vezes e Luis Suárez marcaram os gols diante de uma Seleção Paraguaia que havia eliminado o Brasil nos pênaltis nas quartas de final.