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Juan Pablo Vojvoda
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Com Vojvoda o Fortaleza sempre pode mais

A permanência de um dos técnicos mais cobiçados do futebol brasileiro é o trunfo do «laion» para 2024.

Ano passado o Fortaleza por pouco não conseguiu seu primeiro título internacional ao perder nos pênaltis a Copa Sul-Americana para a LDU. Neste ano, novamente sob o comando do argentino Juan Pablo Vojvoda, o leão do Pici sonha com o retorno à Copa Libertadores.

Saídas e chegadas

Dos atletas que se despediram do Fortaleza nos últimos três meses destacamos dois. Em dezembro, o ponta Guilherme Augusto (que estava no clube por empréstimo do Grêmio) transferiu-se para o Santos; e, em janeiro, o volante Caio Alexandre (que era uma das peças-chave para Vojvoda) transferiu-se para o Bahia por 5 milhões de dólares.

Também merecem ser mencionados mais dois atletas: o goleiro Fernando Miguel, transferido para o Ceará a custo zero; e o zagueiro Marcelo Benevenuto, emprestado ao Coritiba até o fim do ano. Embora ambos tenham perdido a titularidade na temporada passada, não há como deixar de reconhecê-los pela importância que tiveram em anos anteriores.

Recomprou-se o ponta/centroavante Moisés (Cruz Azul), que defendeu o tricolor entre 2022 e 2023. Compraram-se o goleiro Santos (Flamengo), o meia Luquinhas (New York Red Bulls), o zagueiro argentino Tomás Cardona (Defensa y Justicia) e volante Matheus Rossetto (Atlanta United). Por empréstimo até ao fim do ano chegou o zagueiro chileno Benjamín Kuscevic (Coritiba).

Preocupações quanto ao elenco

Vojvoda tem variado as escalações do Fortaleza para evitar o desgaste dos atletas não só levando em conta o calendário a partir do segundo trimestre (com a Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro) mas também para suportar o calendário atual (com o Campeonato Cearense, a Copa do Nordeste e no fim do mês a Copa do Brasil).

As mudanças realizadas entre uma partida e outra não impediram o jornalista Alexandre Mota de publicar um texto no site do jornal Diário do Nordeste em 5 de fevereiro (quando o tricolor do Pici havia se apresentado apenas quatro vezes na temporada) com aquele que no seu entendimento seria o onze ideal do treinador argentino:

João Ricardo;
Tinga, Emanuel Brítez, Titi e Bruno Pacheco;
Zé Welison, Tomás Pochettino e Calebe;
Yago Pikachu, Juan Martín Lucero e Moisés.

Esse foi basicamente o time-base durante a segunda metade do ano passado, exceto por Calebe no lugar que era de Caio Alexandre e por Moisés no lugar que era de Guilherme. (De notar também que, na final da Copa Sul-Americana, Marinho foi titular em vez de Yago Pikachu.) O nível competitivo desses atletas poderia ser considerado aceitável.

O grande problema para Mota era que não havia muitas opções de qualidade no banco. Por mais gabaritados que fossem alguns desses suplentes (principalmente Marinho e Thiago Galhardo), a conclusão do jornalista foi esta: «Hoje, o trabalho do Leão é conseguir ter dúvidas na escalação principal para os grandes jogos da temporada».

Dúvidas desse tipo tornam-se importantes também perante a faixa etária dos atletas. Calebe tem 23 anos, Moisés 27 e Zé Welison e Pochettino 28; os outros titulares já têm no mínimo 30 anos. De acordo com o site Transfermarkt, a média de idade do elenco é a mais elevada entre os vinte clubes que participarão da próxima Série A (28,5 anos).

Desempenho em 2024

Até ao último dia 17, o Fortaleza havia realizado sete partidas nesta temporada: cinco vitórias, um empate e uma derrota. Apesar do retrospecto e do já mencionado rodízio nas escalações, o desempenho do leão do Pici foi tido na imprensa esportiva como insatisfatório (ainda mais porque nenhum dos adversários até aquele momento estaria na Série A 2024).

No 3 x 3 com o Ceará, sábado retrasado, os atletas demonstraram grande poder de reação após chegarem ao intervalo perdendo por 2 x 0. Além disso, os tricolores terminaram em primeiro o grupo A do Campeonato Cearense e, assim, classificaram-se de forma direta à semifinal. (O segundo e o terceiro colocados vão às quartas de final.)

Pela Copa do Nordeste não foram consideradas muito boas as atuações da equipe nem no 2 x 1 sobre o América-RN, nem no 1 x 1 com o River-PI (ambas as partidas no Castelão), nem no 1 x 0 para o CRB (no Rei Pelé), nem no 1 x 1 com o Sport (na Arena de Pernambuco). O Fortaleza é o líder isolado do grupo B, mas o Bahia tem um jogo e um ponto a menos.

Pensando no processo

É difícil imaginar o Fortaleza de 2024 repetir o de 2021, quando terminou em quarto na Série A e consequentemente tornou-se a primeira equipe do Nordeste a se classificar para a Copa Libertadores graças ao desempenho em um Campeonato Brasileiro de pontos corridos.

Mas três anos atrás tampouco se esperava a classificação à Libertadores. E a cada temporada desde então o leão nos surpreende: em 2022, escapou de um rebaixamento quase certo para a Série B, e em 2023 quase venceu a Sul-Americana (e não sofreu muito na Série A).

Mesmo que nesta temporada o tricolor do Pici não realize uma grande campanha nas competições de maior projeção (e mesmo que não conquiste sequer o Campeonato Cearense), seu caminho parece bem sedimentado para se estabelecer como um clube de elite no cenário nacional.

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