Dos muitos brasileiros que brilharam no exterior, alguns podem ser tidos inclusive como os ídolos máximos desses clubes.
[Artigo originalmente publicado em 3 de setembro de 2022.]
A história de futebolistas nascidos no Brasil que jogaram em outros países remonta ao início do século XX e é repleta de casos de sucesso.
Nomes como Evaristo de Macedo, Mazzola, Falcão, Careca, Roberto Carlos e Kaká são apenas alguns dos muitos que podem ser citados.
Poucos brasileiros, no entanto, são considerados os maiores ídolos de clubes estrangeiros. E é desses que falaremos a seguir.
Tendo jogado por dois clubes de São Paulo, Juventus da Mooca e Portuguesa, o ponta-direita Julinho Botelho chegou à Fiorentina, da Itália, em 1955, após ter sido um dos poucos destaques do Brasil na Copa do Mundo do ano anterior.
Logo em sua primeira temporada em Florença, Julinho conquistou o Campeonato Italiano — o primeiro da história do clube. Nos anos seguintes foi vice-campeão europeu uma vez e vice-campeão italiano duas vezes, antes de voltar ao Brasil para jogar no Palmeiras.
Após a conquista do bicampeonato estadual pelo clube em que começou, o Vasco, Romário foi o artilheiro do torneio de futebol das Olimpíadas de Seul, em 1988 (do qual o Brasil foi vice-campeão). Naquele mesmo ano transferiu-se para o PSV, da Holanda.
Pelo clube de Eindhoven, o ''Baixinho'' conquistou três Campeonatos Holandeses, duas Copas da Holanda e uma Supercopa da Holanda. O sucesso dessa primeira experiência na Europa chamou a atenção do Barcelona, para onde o atacante se transferiu em 1993.
Tendo começado entre os profissionais no Guarani, o volante Mauro Silva foi possivelmente o grande nome do Bragantino campeão paulista em 1990 e vice-campeão brasileiro em 1991. No ano seguinte, partiu para o Deportivo de la Coruña, da Espanha.
Mauro Silva foi um dos poucos a participar de todas as seis grandes conquistas da história do clube galego: um Campeonato Espanhol, duas Copas del Rey e três Supercopas da Espanha. O volante continuaria na Corunha até se aposentar, em 2005.
Raí começou a carreira no Botafogo de Ribeirão Preto e se consagrou no São Paulo, quando foi o herói da conquista da Copa Intercontinental de 1992. No ano seguinte, o Tricolor do Morumbi o vendeu aos franceses do Paris Saint-Germain.
Na ''cidade luz'', o meia brasileiro conquistou sete títulos: um Campeonato Francês, duas Copas da França, duas Copas da Liga Francesa, uma Supercopa da França e uma Recopa Europeia. Em 1998, retornou ao São Paulo.
O meia Juninho Pernambucano começou a carreira no Sport e se consagrou no Vasco, onde conquistou (dentre outros títulos) uma Copa Libertadores e dois Campeonatos Brasileiros antes de se transferir, em 2001, para o Olympique de Lyon, da França.
Esse recifense participou da conquista dos sete Campeonatos Franceses da história dos Gones, bem como de uma Copa da França e de seis Supercopas da França. Em 2009, partiu para o Al-Gharafa, do Catar.
Alex começou a carreira no Coritiba e teve passagens vitoriosas por Palmeiras (com destaque para a conquista da Copa Libertadores) e Cruzeiro (onde conquistou o Campeonato Brasileiro) até chegar, em 2004, ao Fenerbahçe, da Turquia.
Pelo clube da parte asiática de Istambul foram três títulos do Campeonato Turco, um da Copa da Turquia e dois da Supercopa da Turquia. Em 2013, o meia curitibano retornou ao Coritiba, onde se aposentou no ano seguinte.
Como qualquer fã de futebol sabe, o principal jogador brasileiro da atualidade é Neymar, que joga desde 2017 pelo PSG. E isso nos leva a pensar na possibilidade de o ex-santista destronar o ex-são-paulino Raí como o grande ídolo histórico dos parisienses
Neymar já faz parte da galeria dos que deixaram a sua marca no Rouge et Bleu, pelos quais conquistou doze títulos: quatro do Campeonato Francês, três da Copa da França, dois da Copa da Liga Francesa e três da Supercopa da França.
Um fator que joga contra o atacante brasileiro na discussão quanto à possibilidade de considerá-lo algum dia o ídolo máximo do PSG é a percepção (por parte de torcedores e da imprensa) de que falta comprometimento ao atual camisa 10 da equipe da capital francesa.
Seria difícil pensar em outros brasileiros da atualidade que poderiam assumir o estatuto de ídolo máximo de um clube europeu. Vini Jr. tem tudo para fazer história no Real Madrid; mas como poderia ele ou qualquer um superar Alfredo Di Stéfano ou Cristiano Ronaldo?
Talvez tenhamos a resposta à pergunta feita acima nos próximos anos. Mesmo que não seja o caso, é provável que até lá outros brasileiros se destaquem no exterior — e, então, inevitavelmente nos perguntaremos o quão longe esses futuros talentos poderão chegar.
Nós utilizamos cookies para oferecer um serviço melhor e mais personalizado. Para mais informações, consulte a nossa Política de Cookies
A conta deve estar verificada antes da ativação. Retornos excluem valor de aposta em Créditos de Aposta. São aplicados T&Cs, limites de tempo e exclusões.