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Pablo Vegetti (Vasco)
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Brasileirão: acreditar é preciso

Em compromisso adiado da 15.ª rodada, América Mineiro e Vasco duelam para reforçar a fé de que ainda é possível manter-se na primeira divisão.

Duas equipes que começaram a temporada com treinadores brasileiros recorreram a argentinos a fim de se salvarem do rebaixamento. Após demitir Vagner Mancini, o América Mineiro trouxe Fabián Bustos; após demitir Maurício Barbieri, o Vasco trouxe Ramón Díaz.

Amanhã, belo-horizontinos e cariocas se enfrentarão para realizar uma partida inicialmente prevista para 15 de julho. Mesmo àquela altura uns e outros já sabiam que lhes restava pouco mais até o fim deste Brasileirão Série A além da inglória luta pela permanência.

O caso do coelho é dos mais alarmantes, por ter 17 pontos (oito a menos que o 16.º colocado); mas o caso do almirante é apenas um pouco melhor, por ter 23. Em suma: este próximo duelo a ser disputado no Independência será um típico «jogo de seis pontos».

O quê:América-MG x Vasco
Onde:Independência, Belo Horizonte
Quando:segunda, 25 de setembro, às 20h (horário de Brasília)
Como assistir:Premiere
Cotações:América-MG = 2,60 | empate = 3,40 | Vasco = 2,70

Como chega o coelho

Antes da última quarta-feira, o América Mineiro vinha de duas vitórias em casa: 2 x 1 sobre o São Paulo e 2 x 0 sobre o Santos. Essa boa sequência contra equipes paulistas foi quebrada de forma traumática na mais recente recepção ao Bragantino. Os visitantes abriram o placar aos 36 minutos, e aos 90 + 4 o atacante uruguaio Gonzalo Mastriani perdeu pênalti a favor dos anfitriões. (Logo depois, os Braga Boys marcaram outra vez.)

Agora Fabián Bustos e seus homens precisam de aproveitamento superior a 60% (28 pontos nos quinze jogos restantes) para chegar aos 45 pontos tidos como necessários para a permanência. É por esse motivo que os estatísticos do Departamento de Matemática da UFMG põem o coelho como tendo 89,5% de chances de terminar entre os quatro últimos. É também por isso que, no mercado «Para ser Rebaixado», a sua cotação é de 1,11 (90,0%).

Como chega o almirante

Em 21 de setembro, o Vasco jogou num São Januário com portões abertos pela primeira vez desde 22 de junho. Seu adversário foi o Coritiba, que estava em último lugar na classificação e vinha de seis derrotas consecutivas. Mesmo assim, dificilmente alguém teria esperado vitória dos mandantes pelo placar de 5 x 1. O grande destaque foi o atacante argentino Pablo Vegetti, que marcou dois gols (e agora tem seis em apenas sete jogos).

Ramón Díaz e seus homens ainda se encontram na zona de rebaixamento; mas, se vencerem a terceira partida seguida amanhã, ultrapassarão o Santos (17.º colocado), o Bahia (16.º) e, pelo critério do número de vitórias, também o Goiás (15.º). O momento é encorajador: nas últimas rodadas o almirante conquistou dez pontos de quinze possíveis. Para escapar do rebaixamento talvez sejam necessários mais 22 (49% de aproveitamento).

O que se espera do jogo

O América segue sem contar com Danilo Avelar, que cumpriu apenas um de seus dois jogos de suspensão. O esperado é que amanhã vejamos Bustos escalar novamente a linha de três zagueiros com Ricardo Silva, Iago Maidana e Éder Ferreira. No meio de campo haverá tanto Juninho (o jogador com mais minutos em campo pelos verdes e brancos neste campeonato) quanto o argentino Emmanuel Martínez (que tem quatro assistências).

Vegetti tem sido de fato fundamental para o Vasco, mas a evolução recente também passa por atletas que já estavam em São Januário no início do ano. O volante Zé Gabriel (contratado em fevereiro de 2022), por exemplo, vinha sendo suplente antes da chegada de Díaz mas hoje é peça-chave. E o atacante Gabriel Pec (cria da base), embora tenha perdido a titularidade, saiu do banco para marcar três vezes nas últimas duas rodadas.

No somatório de seus dois jogos mais recentes, os da cruz pátea marcaram nove vezes. Mas, primeiramente, é preciso lembrar que ambos os compromissos foram realizados no Rio de Janeiro. Além disso, os quatro gols sobre o Fluminense foram fruto de uma eficiência muito acima da média. (Naquele dia o gigante da colina finalizou nove vezes.) É mais do que justo questionarmos se nesta segunda os cariocas conseguirão pelo menos dois tentos.

É claro que chegar às redes torna-se missão menos complicada quando se está diante da segunda equipe mais vazada do campeonato: os alviverdes de Belo Horizonte sofreram 49 gols (2,13 por jogo). Também há de levar em conta o fator emocional devido à forma com que o América foi derrotado pelo Bragantino e o Vasco derrotou o Coritiba. Por outro lado, é igualmente importante realçar que fora de casa o almirante só venceu uma vez.

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