Muitos entenderam que Vini. Jr. deveria ter vencido o prêmio da Bola de Ouro em 2024. Confira outras ocasiões ao longo do século XXI nas quais atletas com grandes números acabaram não levando o prêmio
Henry se estabeleceu na década de 2000 como um dos jogadores mais perigosos do futebol mundial, aterrorizando defesas na Inglaterra e liderando o Arsenal a múltiplas conquistas da Premier League e uma eventual final da UEFA Champions League em 2006.
Henry nunca levou uma Bola de Ouro e o mais próximo que esteve do prêmio foi em 2003, quando ficou em segundo na votação, perdendo o prêmio para Pavel Nedved.
Sem grandes conquistas coletivas, o caso de Henry naquela temporada se construiu em torno de um desempenho individual formidável. O vice-campeão Arsenal, que teve o melhor ataque da Premier League com 85 gols, contou com a contribuição direta de Henry para mais da metade deles.
O atacante francês teve 15 contribuições para gols a mais do que qualquer outro atleta na competição, marcando 24 vezes e dando 20 assistências. Os 24 gols de Henry o deixaram um atrás de Ruud van Nistelrooy na disputa pela artilharia.
Focando no desempenho de Henry na UEFA Champions League, o Arsenal acabou não conseguindo chegar nas quartas de final, mas o camisa 14 fez mais do que sua parte quando esteve em campo, marcando sete gols e dando três assistências em 12 jogos.
Neymar Jr. teve os seus melhores momentos numa época do futebol mundial na qual a competição por prêmios individuais era dominada por duas lendas do esporte, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
A temporada 2014-15 trouxe possivelmente a melhor versão de Neymar até hoje e, embora o atleta brasileiro tenha ficado apenas na terceira colocação da Bola de Ouro, o seu desempenho rivalizou com vários vencedores da Bola de Ouro.
O Barcelona chegou ao que é até hoje seu último título da UEFA Champions League e o argumento é significativo de que ninguém foi mais decisivo do que Neymar na jornada até essa conquista.
Neymar, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi dividiram a artilharia da UEFA Champions League, cada um com 10 gols. O que torna especial essa marca de Neymar é o reconhecimento de que ele marcou em todos os cinco jogos desde o início das quartas de final com o PSG até a decisão contra a Juventus. Sete dos 10 gols de Neymar na competição europeia foram marcados no mata-mata.
Os números gerais de Messi e CR7 foram completamente fora da curva em La Liga, que terminou com título do Barça e 61 contribuições diretas para gols de Messi, quase dobrando o total de gols de Neymar na competição. Contudo, quando se fala daquela temporada, uma das principais lembranças é justamente o desempenho de Neymar nos momentos decisivos da UEFA Champions League.
Mesmo com todos os prêmios de sua carreira, ainda dá para encontrar temporadas nas quais CR7 poderia ter facilmente conseguido um resultado melhor na votação de prêmios individuais, caso, por exemplo, de 2018.
Luka Modrić acabou levando o prêmio, tendo uma temporada fantástica na qual liderou a Croácia ao surpreendente vice-campeonato mundial e também foi campeão da UEFA Champions League com o Real Madrid.
A grande estrela daquele Real campeão diante do Liverpool, Cristiano Ronaldo, foi dominante na sua última temporada com a camisa merengue, tendo um de seus momentos mais emblemáticos no gol de bicicleta contra a Juve nas quartas de final.
CR7 foi de longe o artilheiro da principal competição europeia, com 15 gols, cinco a mais do que qualquer outro jogador no ranking.
No Campeonato Espanhol, o camisa 7 do Real perdeu a artilharia para Lionel Messi, de certa forma prejudicado pelos jogos que ficou ausente. Cristiano Ronaldo marcou 26 gols em 27 aparições pelo Campeonato Espanhol, numa campanha de terceiro lugar da equipe merengue.
Um ano após fazer parte daquele grande time do Bayern de Munique campeão da UEFA Champions League diante do PSG, Robert Lewandowski quebrou recordes com o Gigante da Baviera.
Fora de cinco jogos na edição 20/21 do Campeonato Alemão, o centroavante polonês mesmo assim marcou incríveis 41 gols e estabeleceu a maior marca individual na história da competição.
Lewandowski não conseguiu repetir o feito como artilheiro da UEFA Champions League, até por conta de sua equipe ser eliminada nas quartas de final, mas manteve uma média interessante, marcando cinco gols em seis partidas na competição europeia.