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Goran Pandev, Samuel Eto'o, Maicon e Wesley Sneijder (Internazionale)
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As três Ligas dos Campeões da Internazionale

Os «nerazzurri» conquistaram a mais prestigiosa das taças duas vezes seguidas com Herrera, enquanto a terceira veio com Mourinho.

[Traduzido e adaptado de «Champions League: i tre trionfi dell’Inter».]

Falar em Inter de Milão e Liga dos Campeões traz à mente em primeiro lugar a «tríplice coroa», conquistada em 2010 com José Mourinho no banco. Mas a história dos nerazzurri na principal competição europeia é marcada também por dois triunfos consecutivos na década de 1960, sob o comando de Helenio Herrera. Com jogadores como Sandro Mazzola, os italianos derrotaram dois couraçados da época, o Real Madrid e o Benfica.

Feito esse breve resumo, olhemos com mais atenção para essas três conquistas, todas elas em anos nos quais a Internazionale tinha como dono um membro da família Moratti: nas duas primeiras Angelo, na última seu filho Massimo.

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1963–64: o sucesso contra o Real Madrid da «flecha loira»

Um ano após o primeiro triunfo de seu maior rival, o Milan, veio a primeira vitória da Inter na mais importante competição entre clubes da UEFA (competição essa que então se chamava Copa dos Clubes Campeões Europeus). Os nerazzurri protagonizaram uma emocionante campanha, na qual, paradoxalmente, as maiores dificuldades foram sentidas na fase preliminar. Seus adversários então foram os ingleses do Everton, com os quais empataram por 0 x 0 em Goodison Park e aos quais venceram por apenas 1 x 0 no San Siro. Nas fases seguintes os italianos venceram por 4 x 1 no placar agregado tanto os franceses do Monaco quanto os iugoslavos do Partizan. Nas semifinais, a equipe empatou por 2 x 2 com o Borussia em Dortmund na ida e derrotou os alemães por 2 x 0 em Milão na volta.

Na final viu-se uma verdadeira obra-prima do técnico argentino Helenio Herrera: 3 x 1 sobre o Real Madrid (que apenas dois anos antes havia sido vice-campeão). O encontro entre italianos e espanhóis foi disputado em 27 de maio, na cidade de Viena, e teve como grande figura o meio-campista/atacante Sandro Mazzola. Tanto o primeiro quanto o último gols da noite foram marcados pelo «bigode»: aos 43 minutos, com chute fortíssimo de fora da área; aos 76, ao finalizar cara a cara com o goleiro Vicente Train para desencorajar as esperanças dos blancos de chegar ao empate. Pouco puderam fazer Alfredo Di Stéfano (a «flecha loira») e seus companheiros Ferenc Puskás e Francisco Gento.

1964–65: o triunfo sobre o Benfica do «pantera negra»

Na temporada seguinte a final seria disputada no San Siro, o que fazia dessa uma daquelas oportunidades que a Inter não deixa escapar. Dito isso, dessa vez o caminho foi menos claro. O 7 x 0 no placar agregado sobre os romenos do Dínamo București na primeira fase (que era a de oitavas de final) estimulou a que se pensasse em outra façanha nerazzurra na Europa. Mas a partir de então houve bastante sofrimento. Nas quartas de final, contra os escoceses do Rangers, os italianos venceram na ida, em Milão, por 3 x 1, mas perderam na volta, em Glasgow, por 1 x 0.

Ainda mais complicada foi a semifinal, diante de um adversário difícil como era o Liverpool. O jogo de ida, na Inglaterra, terminou com triunfo dos anfitriões por 3 x 1. Na volta, Mario Corso, Joaquín Peiró e Giacinto Facchetti marcaram os gols daquele inesperado e histórico 3 x 0 que classificou a Internazionale à decisão da Copa Europeia pela segunda vez seguida. O adversário seria o Benfica do atacante Eusébio (o «pantera negra»), o clube que dois anos antes perdeu para o Milan a final dessa mesma competição. Assim sendo, os homens de Herrera enfrentariam os lusos sem medo, reconhecendo-os como uma equipe forte mas não imbatível. E ainda havia o fator casa.

Com a torcida a seu favor e a beleza de um público estimado em 89.000 pessoas naquela noite de 27 de maio, os nerazzurri venceram por pouco. O único gol do jogo foi do ponta-direita brasileiro Jair da Costa (apelidado de freccia nera, isto é, «flecha negra»). Foi a redenção do ex-jogador da Portuguesa de Desportos, enfim o protagonista absoluto de um encontro depois de ter vencido uma Copa do Mundo (a de 1962) sem ter entrado em campo uma única vez. Na frente jogaram também Mazzola, Peiró e Luis Suárez, mas é de realçar o trio de defesa formado por Tarcisio Burgnich, Armando Picchi e Giacinto Facchetti. Coube principalmente a eles anular os craques Eusébio e José Torres (os dois artilheiros da competição, com nove gols).

2009–10: Mourinho e seu tripleto

Os nerazzurri precisaram perder duas finais (para o Celtic em 1967 e para o Ajax em 1972) e esperar quase cinquenta anos antes de alcançarem o topo da Europa pela terceira vez. A espera, porém, foi plenamente recompensada. A Inter foi a primeira equipe italiana a conquistar os três principais torneios numa mesma temporada: Serie A, Coppa Italia e, acima de tudo, Liga dos Campeões da UEFA. Todos para o português José Mourinho e seus comandados. Aquele era um time tudo menos espetacular, mas danado de sólido. No ataque era assustadora a consistência do argentino Diego Milito, que finalmente viveu a sua temporada de consagração definitiva, após anos e anos na «retaguarda». E havia muitos grandes nomes, desde Maicon a Dejan Stanković, passando por Wesley Sneijder e um Samuel Eto’o pronto para atuar até como lateral.

Uma vez mais o caminho até o triunfo foi cheio de armadilhas. Na fase de grupos as coisas não correram muito bem, com três empates nas três primeiras rodadas (o terceiro deles em casa contra os ucranianos do Dínamo Kyiv). Viu-se magia no mata-mata, com duas vitórias tanto nas oitavas de final, contra os ingleses do Chelsea, quanto nas quartas de final, contra os russos do CSKA. Nas semifinais, com o espírito de uma verdadeira equipe (um por todo e todos por um), a Inter de Milão conseguiu o placar necessário contra o Barcelona de Lionel Messi e Pep Guardiola no Camp Nou. Na final, uma vitória até tranquila: 2 x 0 sobre o Bayern de Munique de Arjen Robben, com ambos os gols marcados por Milito, «o príncipe». Um apelido que nunca pareceu tão apropriado.

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