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António Oliveira
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As primeiras semanas de António Oliveira no Coritiba

Anunciado como técnico do Coritiba em dezembro passado, o português António Oliveira chega como parte de um projeto de médio/longo prazo.

O Alviverde de Curitiba começa o ano em que provavelmente se tornará SAF com um treinador que simboliza os princípios de jogo a serem interiorizados daqui em diante.

Antecedentes

O Coritiba começou a temporada passada sob o comando de Gustavo Morínigo, que na Série B do ano anterior levou o Coxa ao acesso. Em abril de 2022, o técnico paraguaio conquistou o Campeonato Paranaense.

Em maio deu-se a eliminação na terceira fase da Copa do Brasil, e em agosto, quando a equipe estava em 18.º lugar no Campeonato Brasileiro, Morínigo foi demitido. Veio então Guto Ferreira, que ajudou os coritibanos a não serem rebaixados.

Embora Guto tenha cumprido o objetivo para o qual foi contratado e tivesse vínculo com o clube até o fim deste ano, em 9 de dezembro foi anunciada a sua demissão. Quatro dias depois, o português António Oliveira foi anunciado como o seu sucessor.

Perfil do novo comandante

No Brasil, o atual treinador do Coritiba é mais conhecido pela sua passagem pelo grande rival do Coxa, o Athletico. Foi com ele que, em 2021, o Rubro-Negro chegou às semifinais da Copa Sul-Americana e às quartas de final da Copa do Brasil.

Mas, após uma série de seis jogos sem vencer pelo Campeonato Brasileiro e a eliminação nas semifinais do Campeonato Paranaense, Oliveira pôs o cargo à disposição. (Veio então Alberto Valentim, que conquistou a Sul-Americana e chegou à final da Copa do Brasil.)

Terminada essa primeira passagem por Curitiba, o lisboeta treinou o Benfica B na II Liga (a segunda divisão portuguesa) de janeiro a maio de 2021. No mês seguinte ele chegou ao Cuiabá, onde teve sucesso no objetivo de livrar o Dourado do rebaixamento na Série A.

O contexto para a nova temporada

Muito do sofrimento alviverde na última edição do Campeonato Brasileiro se deveu ao seu péssimo desempenho fora de casa: foram apenas 5 pontos conquistados de um total de 57 possíveis (9% de aproveitamento).

E isso (como seria de esperar) teve íntima relação com números defensivos. Como foi vazado 60 vezes nas 38 rodadas da competição, o Coritiba teve média de 1,58 por jogo nesse quesito. (Apenas o Juventude, o último colocado, sofreu mais gols.)

Não foi à toa que logo em 6 de janeiro, em sua primeira entrevista coletiva como técnico do clube, Oliveira afirmou ''As equipas constroem-se de trás para frente''. Na sequência, repetiu a máxima ''Os ataques ganham jogos, mas as defesas ganham campeonatos''.

As palavras de ordem do atual comandante podem ser depreendidas por outra declaração sua nessa mesma entrevista: ''O futebol moderno é agressividade, intensidade e velocidade''. Mas quem seriam os atletas aptos a colocar esses princípios em prática?

Os movimentos no mercado

Quando o Coritiba anunciou a saída de Guto Ferreira, o empresário do hoje técnico do Goiás disse que tal decisão teria sido tomada a pedido de um grupo americano. Pairava a ideia de que vinha sendo encaminhado o processo de transição para SAF.

Esse processo foi confirmado na semana passada pelo presidente do clube, Glenn Stenger — embora as notícias falassem que o investimento viria de um grupo brasileiro. A partir daí podemos começar a entender os valores pagos por alguns dos reforços para 2023. 

Segundo o jornalista Venê Casagrande, 1,5 milhão de euros foi o valor do negócio para trazer o zagueiro Bruno Viana (ex-Braga). Também chama a atenção o 1,2 milhão de dólares para a vinda do também zagueiro Benjamín Kuscevic (ex-Palmeiras).

Outros reforços de peso foram o meio-campista Júnior Urso (ex-Orlando City) e o atacante Rodrigo Pinho (ex-Benfica). Entre os remanescentes de 2022 estão o goleiro Gabriel Vasconcelos e os meio-campistas Bruno Gomes e Andrey (que se recupera de lesão).

O desempenho até aqui

Mesmo com muitas mudanças de escalação de um jogo para o outro (em parte porque os novos contratados foram chegando no decorrer das semanas), a equipe se manteve invicta nos onze primeiros compromissos da temporada.

Entre eles destaca-se a visita ao Athletico em 5 de fevereiro, pela sétima rodada do Campeonato Paranaense, que terminou 1 x 1; e a visita ao Humaitá, do Acre, há três dias, pela primeira fase da Copa do Brasil, que terminou em triunfo por 3 x 0.

Os torcedores coritibanos talvez esperassem mais que seis vitórias e quatro empates nas dez primeiras rodadas do estadual. Em contrapartida, o Alviverde tem até aqui o melhor índice na temporada em jogos sem sofrer gols (73%) entre os que estarão na Série A 2023.

Perspectivas

Lucas Drubscky, o chefe do futebol do clube, disse em janeiro ''Não estamos montando um time para o Paranaense. Temos a janela aberta até abril''. Desde então vieram mais reforços (como os já mencionados Viana e Kuscevic), e outros provavelmente virão.

Mas quem quer que chegue ao Couto Pereira até o início do próximo Campeonato Brasileiro dificilmente fará com que se mude a meta definida ainda em dezembro do ano passado para a atual temporada: uma vaga na Copa Sul-Americana 2024.

Falar em vaga na Sul-Americana é outra forma de falar em permanecer na Série A. No fundo, o grande objetivo do Coxa de António Oliveira no momento é este: refutar a tese de que o Paraná seja pequeno demais para ter dois representantes na elite do futebol nacional.

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