Até aqui, todos os troféus de clubes italianos na Liga Europa foram alçados quando essa competição ainda se chamava Copa da UEFA.
[Traduzido e adaptado de «Europa League: i successi italiani, dalla Juve di Tardelli al Parma di Malesani».]
É uma maldição. Desde 2009–10, quando a Copa da UEFA passou a ser Liga Europa, nenhuma equipe italiana foi campeã desta que é a segunda competição mais importante entre clubes do continente. Em 2023 será a vez da Roma de José Mourinho buscar pôr fim a este jejum por parte dos representantes do bel paese.
O último sucesso foi em 1999, com o Parma de Fabio Cannavaro e Enrico Chiesa. Desde então, apenas a Internazionale comandada por Antonio Conte chegou a uma final, em 2020, quando foi derrotada pelo Sevilla. Nenhuma grande alegria para os italianos no século XXI; assim, falemos das equipes que triunfaram no século passado.
A Copa da UEFA de 1989: o único título internacional do Napoli
Os cinco maiores clássicos italianos por competições da UEFA
Comecemos pela conquista mais recente. Aquele Parma do técnico Alberto Malesani enfrentaria na final de 1999, em Moscou, o Olympique de Marseille de Laurent Blanc e Robert Pirès. Os gialloblu superaram os franceses por 3 x 0, e os gols foram marcados por Hernán Crespo, Paolo Vanoli e Enrico Chiesa. (Este último terminou como um dos três artilheiros do torneio, com oito gols.)
Quatro anos antes os cruzados, então treinados por Nevio Scala, foram campeões pela primeira vez. Seus adversários foram a Juventus de Marcello Lippi, que tinha Ciro Ferrara e Roberto Baggio. Na época as finais se realizavam em jogos de ida e volta. O primeiro, em Parma, terminou com vitória dos anfitriões por 1 x 0 graças a gol de Dino Baggio. O segundo, em Milão, terminou 1 x 1, e de novo Dino Baggio chegou às redes.
A Copa da UEFA de 1997–98 foi o único troféu do brasileiro Ronaldo com a camisa da Inter de Milão. Também aqui tivemos um clássico italiano na final, pois do outro lado estava a Lazio de Alessandro Nesta e Pavel Nedvěd. Os nerazzurri não deram chances aos biancocelesti naquela partida realizada em Paris: 3 x 0, com o primeiro gol marcado por Iván Zamorano, o segundo por Javier Zanetti e o terceiro pelo «fenômeno».
Em 1993–94 viu-se outro triunfo do biscione. Aquela foi uma temporada estranha, na qual a equipe quase foi rebaixada na Serie A. Nas finais da Copa da UEFA, porém, os comandados de Gianpiero Marini (que sucedeu a Osvaldo Bagnoli) derrotaram os austríacos do Salzburg (hoje Red Bull Salzburg) tanta na ida, em Viena, quanto na volta, em Milão, por 1 x 0. No primeiro jogo o gol foi de Nicola Berti, no segundo de Wim Jonk.
Para encontrarmos o primeiro sucesso dos milaneses nesta competição devemos recuar até 1990–91. Foi outra final italiana: de um lado a Inter de Giovanni Trapattoni, do outro a Roma de Ottavio Bianchi. A ida foi no San Siro e terminou em vitória nerazzurra por 2 x 0, com gols de Lothar Matthäus e Nicola Berti. A volta foi no Olimpico e terminou em vitória giallorossa por 1 x 0, com gol de Ruggiero Rizzitelli.
Os anos 1990 trazem boas recordações para os torcedores da Juventus por vários motivos. Um deles foi a conquista da Copa da Uefa em 1993, quando a vecchia signora de Trapattoni se impôs de forma incontestável sobre o Borussia Dortmund nas finais. Na ida, vitória na Alemanha por 3 x 1, com um gol de Dino Baggio e dois de Roberto Baggio; na volta, vitória na Itália por 3 x 0, com dois de Dino Baggio e um de Andreas Möller.
Em 1990 o técnico dos turinenses era o lendário ex-goleiro Dino Zoff, e nas finais o seu adversário seria a Fiorentina do técnico Francesco Graziani e de jogadores como Dunga e o próprio Roberto Baggio. Na partida de ida, em Turim, Roberto Galia, Pierluigi Casiraghi e Luigi De Agostini anotaram os gols do 3 x 1 a favor dos anfitriões. Na volta, em Florença, viola e bianconeri ficaram no 0 x 0.
A conquista de 1977 foi a primeira não só da Juve mas de qualquer equipe italiana. Também naquela ocasião o time era comandado por Trapattoni, e entre seus jogadores estavam Zoff e Roberto Bettega. As finais foram contra os bascos do Athletic. Em casa os piemonteses venceram por 1 x 0, com gol de Marco Tardelli. Na volta valeu o critério do gol fora de casa: derrota por 2 x 1, com o gol dos visitantes marcado por Bettega.
Fechamos com a única conquista do Napoli, na época em que os da Campânia tinham como treinador Bianchi e como estrelas Diego Maradona e Careca. Coube-lhes enfrentar o Stuttgart nas finais. Na Itália a vitória foi dos azzurri por 2 x 1, com gols marcados justamente por Maradona e Careca. Na Alemanha viu-se um empate por 3 x 3, com os gols dos visitantes marcados por Alemão, Ciro Ferrara e, uma vez mais, Careca.
Retornos excluem o valor de aposta em Créditos de Aposta. São aplicados T&Cs, limites de tempo e exclusões.