A equipa rossoneri vence a Série A após mais de uma década, superando o Inter de Milão que manteve a pressão até ao apito final.
À entrada para a última jornada apenas dois pontos separavam as duas equipas milanesas. No topo da tabela o AC Milan com vantagem mas com pressão extra para acabar com a seca de títulos.
O scudetto fugia-lhes há 11 anos, e apesar da equipa de Stefano Pioli ter levantado a Supertaça Italiana em 2016, não tinha conseguido ganhar outro troféu desde então.
A vitória por 3-0 no terreno do Sassuolo, acabou com a seca e consagrou uma época espectacular do clube rossoneri que agora quer transportar este bom momento para a Liga dos Campeões, troféu que não vencem desde 2007, e onde desde então não foram além dos oitavos de final.
O jovem português Rafael Leão foi titular e fez a assistência para o segundo e terceiro golos do agora campeão italiano. Com apenas 22 anos de idade, o jogador luso foi determinante no percurso do clube rossonero esta época.
Este é o 19º scudetto do AC Milan e o primeiro de Stefano Pioli.
O Inter também venceu, igualmente por 3-0, frente à Sampdoria, mas teve de se contentar com o segundo lugar do campeonato e com o facto de ter ganho a Taça de Itália.
Resultados da última jornada na Série A:
- Torino vs. Roma (0-3)
- Génova vs. Bolonha (0-1)
- Fiorentina vs. Juventus (2-0)
- Atalanta vs. Empoli (0-1)
- Lazio vs. Hellas Verona (3-3)
- Sepzia vs. Napoli (0-3)
- Inter de Milão vs. Sampdoria (3-0)
- Sassuolo vs. AC Milão (0-3)
- Veneza vs. Cagliari (0-0)
- Salernitana vs. Udinese (0-4)
A ronda final da Série A também foi determinante para definir que equipas descem de divisão. Cagliari, Génova e Veneza não conseguiram fugir aos lugares de despromoção, enquanto o Salernitana escapou por um ponto, apesar da derrota frente à Udinese, para se manter na primeira divisão italiana.
Inter, Nápoles e Juventus na Liga dos Campeões
Juntamente com o novo campeão, estas três equipas representarão a Itália na próxima edição da liga milionária. Embora a um nível prático, a Vecchia Signora tenha conseguido cumprir parte dos seus objectivos, o quarto lugar, a 16 pontos de distância do líder, ficou aquém das expectativas .
Por outro lado, o Nápoles foi sem dúvida a equipa sensação da temporada, tendo estado, durante grande parte da época, na luta pelo título da Série A. Embora na recta final não tenham conseguido manter o ritmo, o projecto de Luciano Spalletti provou ser interessante e reavivou as esperanças dos fãs.
Quem segue para as restantes ligas europeias?
Lázio e Roma terminaram a época nas quina e sexta posições respectivamente e por isso irão jogar na Liga Europa na próxima época, enquanto que a séptima classificada, Fiorentina, segue para a Liga Conferência da UEFA.
Esperava-se mais da equipa orientada por José Mourinho, mas depois de um início promissor, a Roma mostrou-se muito instável. Apesar de tudo, estão na final da Liga Conferência que tem lugar, esta quarta-feira, no Air Albania Stadium, frente ao Feyenoord.
Esta é a quinta final de competições da UEFA da carreira de José Mourinho e dado que é a época de estreia da Liga Conferência, Mourinho torna-se assim o primeiro treinador a chegar à final das três competições europeias.
Os romanos têm 8/13 odds de vencer e 6/5 odds de ver o Feyenoord levar a melhor.
Independentemente do resultado, a Roma é uma equipa a ter em atenção, não só para ver como reforça o plantel durante a janela de transferências, mas também para verificar se consegue manter os seus principais jogadores, como o britânico Tammy Abraham que marcou 27 golos em todas as competições ao serviço de José Mourinho.
Immobile, o melhor atacante italiano da história
Finalmente, não podemos ignorar o facto de Ciro Immobile, da Lázio, ter ganho o seu quarto capocannoniere, fazendo dele o atacante italiano que mais vezes ganhou o prémio de melhor marcador da Série A, depois das vitórias em 2014, 2018 e 2020.
Esta época, o avançado marcou 27 golos em 31 jogos na primeira liga italiana esta época e um total de 32 golos em 40 partidas em todas as competições.
Apesar destes resultados, e de já ter conquistado a bota de ouro europeia em 2019-20, o internacional italiano continua a ser um dos avançados mais subestimados da sua geração.
