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Mehdi Taremi (Irã)
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A renovação tarda em chegar ao Irã

Devido ao seu plantel pouco renovado, os «príncipes da Pérsia» chegam ao Catar sob desconfiança.

Analisar o Irã pelos seus resultados em 2023 tende a gerar percepções equivocadas. Os números são excelentes: a equipe saiu invicta de todos os compromissos que disputou entre março e novembro (nove vitórias e dois empates), nos quais marcou 33 gols (3,00 por jogo) e sofreu 7 (0,78 por jogo).

Porém, nenhum dos adversários dos príncipes da Pérsia nos últimos meses terminou o ano no top 30 do ranking da FIFA. O que podemos esperar dos iranianos, que ocupam a 21.ª posição nesse mesmo ranking, na Copa Asiática a ser realizada no Catar entre 12 de janeiro e 10 de fevereiro?

Comando técnico

Em novembro de 2022 o Irã disputou a Copa do Mundo apenas dois meses após o retorno do técnico português Carlos Queiroz, que comandara os guepardos entre 2011 e 2019. A equipe caiu na fase de grupos após perder para a Inglaterra (6 x 2), vencer o País de Gales (2 x 0) e perder para os Estados Unidos (1 x 0).

Um dia após a eliminação no Catar o próprio Queiroz anunciou sua despedida, mas foi apenas em março que se anunciou o seu sucessor: Amir Ghalenoei. Também ele já havia comandado o time melli (entre 2006 e 2007), mas seu prestígio no país se deve mais às cinco vezes em que conquistou o Campeonato Iraniano.

Ghalenoei é tido como um homem de personalidade forte, e seu apelido «o general» (o qual recebeu ainda em seus tempos de jogador) reflete isso. No que se refere à filosofia de jogo, ele mesmo se declara um técnico ofensivo; é expectável, portanto, que em 2024 o Irã apresente outra vez alta média de gols marcados.

Jogadores

Um dos mais óbvios problemas do Irã desde o último Mundial é que nenhum jovem se firmou. A convocatória para o último de 2023, contra o Uzbequistão (jogo esse que valeu tanto pelas Eliminatórias do Mundial 2026 quanto pelas Eliminatórias do Asiático 2027), incluiu 25 jogadores. Desses, apenas dois tinham menos de 25 anos.

Nenhum desses dois atletas (o zagueiro Amin Hazbavi e o meio-campista Mohammad Javad Hosseinnejad, ambos de 20 anos) foi titular naquela partida realizada em 21 de novembro na cidade de Tashkent (a capital uzbeque). Mais do que isso: o onze inicial de Ghalenoei apresentava média de idade de 30,1 anos.

Entre os atletas escalados para o último compromisso do ano passado havia quatro veteranos que atuam na Liga do Golfo Persa. No Persepolis jogam o goleiro Alireza Beiranvand (31 anos), o zagueiro/lateral Hosein Kanaanizadegan (29) e o meio-campista Mehdi Torabi (29); e no Sepahan joga o lateral-direito Ramin Rezaeian (33).

Para a equipe ter alguma chance de conquistar a Copa Asiática, o meia/atacante Saman Ghoddos (30 anos) provavelmente será crucial. No Brentford seu papel é secundário (foi titular em sete rodadas da atual Premier League), mas no Irã sua importância é bem maior do que há um ano (foi reserva nos três jogos na Copa do Mundo).

Os dois principais jogadores do Irã ainda são os atacantes Mehdi Taremi e Sardar Azmoun. Taremi (31 anos) foi o máximo goleador do Porto nas últimas três edições da Primeira Liga; Azmoun (29 anos) é hoje um suplente bastante utilizado na Roma (clube ao qual chegou no último verão por empréstimo do Bayer Leverkusen).

Prognósticos

No mercado «Vencedor Final» da Copa Asiática vê-se que no atual ranking de forças da AFC os dois gigantes do Extremo Oriente estão um patamar acima da concorrência: o Japão é o mais bem cotado ao título (3,25), e em seguida vem a Coreia do Sul (5,50). Depois vêm Austrália (7,50), Irã e Arábia Saudita (8,00) e Catar (11,00).

Que os japoneses e os sul-coreanos são hoje as duas principais seleções da Ásia/Oceania é algo que dispensa explicações para qualquer pessoa atenta às principais ligas europeias. Ao mesmo tempo, como as cotações também o mostram, é difícil determinar se são os iranianos ou os sauditas (ou os cataris) a principal força do Oriente Médio.

O Irã será o cabeça de chave do grupo C da Copa Asiática, no qual também estarão os Emirados Árabes Unidos, a Palestina e Hong Kong. Considerando que não só os dois primeiros de cada grupo mas também seis dos oito melhores terceiros colocados avançam à fase seguinte, a queda do time melli na primeira fase é inconcebível.

Dali em diante tudo pode acontecer. A despeito de serem a segunda melhor seleção da AFC segundo a FIFA, os príncipes da Pérsia já terão do que se orgulhar se terminarem como os melhores entre os árabes. Sua torcida exigirá mais do que isso, mas a distância para os samurais azuis e os guerreiros do taegeuk é mais que geográfica.

As cotações aqui apresentadas estão sujeitas a flutuações.

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