Para manter vivo o sonho do título italiano, os «rubro-negros» de Milão precisarão comprovar a força de seu elenco.
Enquanto luta para sobreviver no «grupo da morte» da Liga dos Campeões, o Milan passa pelo seu pior momento na Serie A. Conseguirão os rossoneri terminar o ano ainda sonhando com o scudetto?
Pela reafirmação
Se é verdade que em 2022–23 o Napoli foi de uma eficácia impressionante na Serie A (principalmente no primeiro turno), também é verdade que o Milan não teria sequer terminado em quarto lugar se não fossem os dez pontos subtraídos da Juventus.
Os movimentos do rubro-negro no verão tornaram difícil não considerá-lo um dos favoritos ao scudetto em 2023–24. Além de ter mantido quase todos os jogadores-chave (exceto pelo meio-campista Sandro Tonali), o diavolo gastou mais de 100 milhões de euros em reforços.
Havia muita curiosidade em relação ao desempenho dos homens de Stefano Pioli (o treinador campeão em 2021–22), pois nesta temporada eles eram apontados como um entre quatro clubes que buscariam o título (junto de Internazionale, Juventus e Napoli).
Um bom começo
No início ratificou-se a impressão de que a luta dos rossoneri seria mesmo para terminar em primeiro lugar, visto que foram três vitórias nas três primeiras rodadas (Bologna fora, Torino em casa e Roma fora).
Em 16 de setembro, pela quarta rodada, veio um golpe duro: derrota por 5 x 1 para a Inter. Apesar disso a equipe não se deixou esmorecer e, com quatro triunfos seguidos pela Serie A (Verona em casa, Cagliari fora, Lazio em casa e Genoa fora), terminou a oitava rodada no topo da classificação.
Àquela altura eram dois pontos de vantagem sobre a Inter, quatro sobre a Juventus e sete sobre o Napoli. Os prognósticos em «Vencedor Final» nunca deixaram de apontar os nerazzurri como os favoritos, mas em 9 de outubro parecia haver uma disputa legítima entre os arquirrivais de Milão.
cotação | equipe |
---|---|
2,37 | Internazionale |
3,00 | Milan |
5,50 | Juventus |
7,00 | Napoli |
Em 22 de outubro, pela nona rodada, deu-se o segundo encontro com um candidato ao scudetto. No San Siro, o Milan perdeu por 1 x 0 para a Juventus e caiu para o segundo lugar. Uma semana depois foi a vez de enfrentar o Napoli no Diego Armando Maradona. Com o empate por 2 x 2, os homens de Pioli terminaram a décima rodada em terceiro lugar.
Queda de aproveitamento
Naquele momento era evidente a dificuldade dos rossoneri em vencer os grandes jogos (dificuldade essa que também se viu na Liga dos Campeões, com dois empates e uma derrota nas três primeiras rodadas). E a partir dali o desempenho foi ruim inclusive contra equipes menos fortes.
Em 4 de novembro, o diavolo perdeu por 1 x 0 em casa para a Udinese (que até então não havia vencido uma única partida na Serie A); em 11 de novembro, pela décima segunda rodada, empatou por 2 x 2 fora de casa com o Empoli (que também luta contra o rebaixamento).
O Milan permanece na terceira posição, mas a distância para a Juventus é de seis pontos e a distância para a Inter é de oito. As cotações de hoje em «Vencedor Final» falam por si.
cotação | equipe |
---|---|
1,61 | Internazionale |
3,75 | Juventus |
8,00 | Milan |
13,00 | Napoli |
Problemas médicos
Após a derrota para a Udinese, o jornalista Andrea Longoni escreveu para o site MilanNews que o melhor a fazer era lutar pela permanência no G4. Embora a distância para a Inter ainda fosse de seis pontos, o desempenho dos rossoneri não justificava sonhar com uma reviravolta.
Longoni compartilhou a sensação de que o ciclo de Pioli à frente dos rubro-negros estaria chegando ao fim, ainda que não parecesse haver um bom nome disponível no mercado para sucedê-lo. Além disso, o jornalista tocou num ponto crítico: as muitas e muitas lesões no elenco.
Na derrota de 4 de novembro, três titulares indiscutíveis estavam às voltas com problemas físicos: o lateral-esquerdo Theo Hernández, o meio-campista Ruben Loftus-Cheek e o atacante Christian Pulisic. Enquanto Loftus-Cheek foi suplente utilizado, os outros nem foram relacionados.
Antes do empate de 11 de novembro, outra vez Pulisic foi ausência por questões físicas. E, no decorrer do jogo, o atacante Rafael Leão se lesionou. Havia ainda cinco jogadores que, por não se encontrarem fisicamente bem, não estiverem entre as opções de Pioli no banco de suplentes.
No mesmo site que mencionamos, o MilanNews, o jornalista Antonio Vitiello publicou há quatro dias um artigo acerca dos problemas físicos no elenco rubro-negro. Pelas suas contas, àquela altura já haviam se verificado 23 lesões desde o início da temporada. e 15 delas por motivos musculares.
Contagem regressiva
Aproxima-se a hora da verdade para o Milan. A equipe está em terceiro no grupo F da Liga dos Campeões (no próximo dia 28 recebe o Dortmund pela quinta rodada) e, se acabar não se classificando para as oitavas de final, a Liga Europa não seria mais que um prêmio de consolação.
Mesmo cheio de desfalques, o diavolo precisará vencer os três jogos que fará pelo Campeonato Italiano antes de 13 de dezembro (quando visita o Newcastle pela última rodada da Champions). Se não o conseguir, provavelmente terminará 2023 já planejando a temporada 2024–25.
As cotações aqui apresentadas estão sujeitas a flutuações.
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